Manoel Benício, professor, militar e jornalista brasileiro, correspondente do Jornal do Commercio, escreveu O Rei dos Jagunços, que é considerado um dos mais importantes documentos históricos, acerca do cruel embate ocorrido em Canudos, nos anos de 1896 e 1897. Aldeamento surgido nos arredores da Fazenda Canudos, o arraial de mesmo nome, chegou a ter vinte e cinco mil habitantes e foi cenário da história de Antonio Conselheiro, líder carismático do povoado, que abrigava pessoas humildes, entre sertanejos e ex-escravos, todos unidos na crença de uma sociedade igualitária e de uma vida melhor. Destruído pelo exército brasileiro, por incomodar os latifundiários da região, teve como saldo o massacre de vinte mil sertanejos, a morte de cinco mil militares e a destruição total de um sonho.