Correio Braziliense, n. 21547, 15/03/2022. Política, p. 2

Empresa cita tributos pagos



Em meio aos ataques, a Petrobras divulgou comunicado, ontem, no qual informou que recolheu R$ 202,9 bilhões em tributos próprios, retidos e participações governamentais no Brasil, em 2021. O valor representa um aumento de cerca de 58% em relação a 2020, destacou a nota. Nos últimos seis anos, o recolhimento aos cofres públicos soma R$ 1 trilhão.

O recolhimento em 2021, segundo a companhia, é fruto da geração de caixa e dos seus resultados operacionais e financeiros. “A Petrobras está financeiramente saudável, eficiente na operação e alocação de recursos, que retornam para a sociedade, sob a forma de tributos, participações governamentais e dividendos distribuídos”, afirmou  Rodrigo Araujo Alves, diretor-executivo Financeiro e de Relacionamento com Investidores.

Os recolhimentos totais realizados pela Petrobras compreendem participações especiais, que são compensações financeiras à exploração dos recursos naturais; tributos próprios, oriundos das operações da empresa; e tributos retidos de terceiros pela companhia, na condição de substituta tributária. A estatal retém tributos nas suas operações comerciais com clientes e fornecedores.

No fim de semana, a Petrobras também se defendeu. Nas redes sociais, afirmou que “o último reajuste foi necessário para manter o fornecimento” e que praticar preços de mercado assegura o abastecimento.

Os contratos futuros de petróleo fecharam em queda ontem, em meio a esforços diplomáticos para encerrar a guerra entre Rússia e Ucrânia e após a Agência Internacional de Energia (AIE) solicitar que países produtores liberem mais barris, a fim de conter os preços. O petróleo WTI para abril fechou em baixa de 5,78% (-US$ 6,32), a US$ 103,01 o barril, na New York Mercantile Exchange (Nymex), e o Brent para maio caiu 5,12% (-US$ 5,77), a US$ 106,90 o barril, na Intercontinental Exchange (ICE).