O Globo, n. 32750, 07/04/2023. Economia, p. 13

Lula nomeia cinco minis­tros para con­se­lho da hidre­lé­trica de Itaipu

Bruno Góes


O governo federal exonerou ontem os indicados da gestão Jair Bolsonaro que integravam o Conselho de Administração de Itaipu Internacional. O colegiado da parte brasileira, responsável pela governança da hidrelétrica binacional, agora é composto, em sua maioria, por ministros do governo de Luiz Inácio Lula da Silva.

Entre as estatais, Itaipu é a que melhor remunera um conselheiro: R$ 27 mil mensais, segundo o colunista do GLOBO Lauro Jardim. Eles participam apenas de uma reunião a cada dois meses.

A indicação para conselhos de administração é uma forma tradicional de aumentar os rendimentos de membros do governo, já que a remuneração para os integrantes desses colegiados — batizada de jeton — não entra no cálculo do teto salarial.

Entre os exonerados por Lula está o ex-ministro de Minas e Energia Bento Albuquerque, envolvido no escândalo das joias recebidas por Bolsonaro.

Também perderam os cargos no conselho a exgovernadora do Paraná Cida Borghetti, os ex-ministros Carlos Alberto França (Relações Exteriores), Célio Faria Júnior (ex-Secretaria de Governo) e Adolfo Sachsida (exministro de Minas e Energia); além de José Carlos Aleluia (ex-deputado) e Fernando Simas Magalhães (diplomata).

Já os nomeados por Lula são os ministros Alexandre Silveira (Minas e Energia), Fernando Haddad (Fazenda), Rui Costa (Casa Civil), Esther Dweck (Gestão) e Mauro Vieira (Relações Exteriores) e o ex-deputado Michele Caputo Neto.

Na quarta-feira, o presidente Lula se reuniu com o diretor de Itaipu, Ênio Verri, e decidiu sobre os nomes para o conselho.