O Estado de S. Paulo, n. 46598, 17/05/2021. p. A1

Prefeito de São Paulo, Bruno Covas morre no auge da carreira e da vida


O prefeito licenciado de São Paulo, Bruno Covas (PSDB), morreu na manhã de ontem, aos 41 anos, por complicações de um agressivo câncer no sistema digestivo. Seu corpo foi velado por familiares e amigos mais próximos no saguão da Prefeitura, onde foi celebrada uma missa transmitida pela internet. De lá, seguiu em cortejo em carro aberto do Corpo dos Bombeiros por algumas das principais vias da cidade, onde foi aplaudido pela população. Depois, foi enterrado em Santos, no mesmo jazigo onde seu avô materno, o ex-governador Mário Covas, foi sepultado há 20 anos após também morrer de câncer. Bruno Covas lutava contra a doença desde outubro de 2019, mas só se afastou da Prefeitura no último dia 2, quando foi internado no Hospital Sírio-libanês. A cidade, desde então, é governada pelo vice, Ricardo Nunes (MDB). Formado em Direito (USP) e Economia (PUC), Bruno se filiou ao PSDB aos 17 anos. Antes de comandar a maior cidade do País, foi eleito deputado estadual duas vezes, deputado federal e vice-prefeito. Assumiu o posto de prefeito com a renúncia de João Doria, em 2018, e depois se reelegeu como cabeça de chapa. Tímido e disciplinado, sem inimigos e com respaldo das urnas, o prefeito estava no auge da carreira política. Do “PSDB raiz”, era muito apegado ao único filho, Tomás Covas Lopes, de 15 anos, com quem vivia e que o acompanhou durante todo o tratamento.