O Estado de S. Paulo, n. 46578, 27/04/2021. Política, p. A4

Bolsonarista, mas contra liberar armas

Lauriberto Pompeu


Eduardo Girão (Podemos-CE), de 48 anos, morava nos Estados Unidos, em 2018, quando decidiu entrar para a política. A decisão do empresário bem-sucedido, o quarto congressistas mais rico, foi motivada por um trauma familiar. Naquele ano, dois filhos dele haviam sobrevivido a um atentado a tiros na escola que frequentavam na Flórida. Dezessete pessoas morreram.

Três anos depois, Girão atua contra a flexibilização do porte de armas, uma das principais bandeiras de Jair Bolsonaro. Apesar de discordar nesse ponto, o senador, que se classifica como independente, concorda com o presidente quando o assunto é pandemia.

Ele já fez críticas à Organização Mundial da Saúde (OMS) e defende o uso da cloroquina no tratamento da covid-19, o que é contraindicado. Girão tenta furar o acordo que definiu Omar Aziz como presidente da CPI da Covid. Com poucas chances de ser eleito, ele já conseguiu uma vitória. Foi o autor de requerimento que permitiu ampliar o escopo da comissão e incluir repasses federais a Estados e municípios, como desejava o Palácio do Planalto. / L.P.