O Estado de S. Paulo, n. 46552, 01/04/2021. Política, p. A8

31 de março tem atos esvaziados em favor do golpe



Pelo menos 10 capitais registraram atos em favor do golpe militar de 1964, que completou 57 anos ontem. Manifestantes se aglomeraram para pedir intervenção militar em São Paulo e no Rio de Janeiro. Bate-boca, insultos e até tapas foram registrados durante às manifestações.

Na capital paulista, o ato ocorreu na frente do Comando Militar do Sudeste, ao lado da Assembleia Legislativa do Estado. Um grupo de manifestantes tentou forçar a entrada do quartel e foi contido pelos militares. O ato começou por volta das 9 hortas e reuniu cerca de 100 manifestantes, muitos sem máscara e sem respeitar o distanciamento social recomendado para evitar a propagação do coronavírus. Eles defendiam intervenção militar com Bolsonaro no poder e gritavam palavras de ordem contra o comunismo.

No Rio, o manifestação aconteceu na orla de Copacabana. Defensores de uma nova intervenção insultaram e agrediram um jovem que contestava a manifestação. Uma das faixas no ato, que reuniu cerca de 100 pessoas no fim da manhã, pedia que Bolsonaro acionasse as Forças Armadas para “auxiliar o povo na defesa da liberdade e das garantias constitucionais”.

Em Porto Alegre, um grupo de aproximadamente 100 pessoas se reuniu na Rua 7 de Setembro e pediu uma intervenção militar, no cruzamento entre os prédios da sede do Terceiro Comando do Exército e o Tribunal de Contas do Rio Grande do Sul (TCE/RS). Distante cerca de 400 metros, um grupo de aproximadamente 50 pessoas fazia uma manifestação contrária a quem pedia intervenção.

Em Belo Horizonte, uma carreata saiu de ruas próximas ao Estádio Mineirão, Região Norte da capital, e seguiu até o centro da cidade. Os apoiadores do presidente defendem “intervenção militar com Bolsonaro no poder”.