O Globo, n. 31438, 03/09/2019. Economia, p. 19

Maia diz que reforma administrativa é sua prioridade
Juliana Castro


O presidente da Câmara, Rodrigo Maia, afirmou ontem que a reforma administrativa para reduzir o tamanho da máquina pública é sua “prioridade número um”.

 

— Para mim, (a reforma administrativa) é prioridade número um. Sem reduzir o tamanho do Estado, não reduz a carga tributária — afirmou, após participar de um almoço da Associação Brasileira de Relações Institucionais no Rio.

Maia comentou ainda estar feliz que Câmara, Senado e governo estejam engajados em fazer uma reforma tributária:

— Vamos unificar os dois Poderes do Legislativo mais o governo e construir uma reforma tributária. Independente de onde ela comece, que ela represente os anseios da sociedade. Num primeiro momento, uma simplificação do sistema tributário. Num segundo momento, com a reforma previdenciária e a reforma do Estado, a gente possa trabalhar na redução da carga tributária.

Maia disse que o Imposto sobre o Valor Agregado (IVA) é o que todos querem.

— Todo mundo quer o IVA, Paulo (Guedes, ministro da Economia) quer o IVA com redução do custo da contratação de mão de obra, com CPMF. Será que é necessária ou não CPMF? O importante é que o governo tenha uma proposta.

Megaleilão

Maia comentou o megaleilão do pré-sal. Semana passada, a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado aprovou a proposta de emenda à Constituição (PEC) que trata do assunto e prevê a divisão dos recursos provenientes de leilões de petróleo com estados e municípios. O tema ainda será votado em plenário.

— Tem que aprovar. É importante para o Rio — disse.

— Se não fizer (o leilão) em novembro, fazem janeiro. Qual é o problema? O que não pode é o Rio sair prejudicado na distribuição do dinheiro que irá para prefeitos e governadores.

 FGTS preocupa

Com o critério aprovado na CCJ, o Rio receberia só R$ 326 milhões. O governo do estado pretende mudar a regra.

Maia disse estar preocupado coma liberação do FGTS. O saque emergencial este ano será de R$ 500 de cada conta:

— Temos preocupação de que não se use o dinheiro do FGTS do trabalhador tão rápido, não estimule o gasto. Aquilo é poupança, não pode ser tratado como complemento de renda no curto prazo.