Correio Braziliense, n. 21380, 29/09/2021. Cidades, p.16 
 
Taxa de desemprego cai no DF 

Júlia Eleutério 
Renata Nagashima 
 
 
A taxa de desemprego total no Distrito Federal caiu para 18,2% no mês passado, 0,9 ponto percentual a menos que o verificado em agosto de 2020. O dado, divulgado ontem, consta da Pesquisa de Emprego e Desemprego (PED), elaborada pela Companhia de Planejamento do DF (Codeplan) e pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese). Acompanhado da redução, houve aumento da participação de pessoas com 14 anos ou mais no mercado de trabalho. Nos períodos considerados, o indicador subiu de 61,6% para 65,9%. 

O levantamento destaca que houve aumento na quantidade de pessoas ocupadas no intervalo de um ano. O crescimento decorre, principalmente, da oferta de empregos nos setores da construção (16,9%), de comércio e reparação (13,3%), de serviços (9%) e, em menor quantidade, da indústria de transformação (4,7%). Apenas o segmento da administração pública registrou resultado negativo, com queda de 1,1% no número de empregados. 

Para a coordenadora da PED, Lúcia Garcia, a pesquisa contribui para um melhor entendimento das taxas de emprego e desemprego na capital federal. "Temos trabalhado em uma área mais abrangente e ampliado a cobertura do estudo desde agosto de 2020. Observamos que, na Área Metropolitana de Brasília (composta por 12 municípios do Entorno), 42% das pessoas trabalham no DF, mas isso não é algo que preocupa a economia da capital do país, pois a vida econômica é permeável", pondera. 

Entre julho e agosto deste ano, a taxa de desemprego se manteve estável. O PED também traz um comparativo do mês de agosto e julho deste ano. Nos dois meses, a taxa de desemprego total foi a mesma (18,2%). Além dos dados sobre o DF, a Codeplan e o Dieese divulgaram o resultado referente à Área Metropolitana de Brasília, na comparação do segundo trimestre com o primeiro deste ano. 

O indicador ficou em 19,8%, considerada a população economicamente ativa regional — 0,7 ponto percentual a menos que o verificado de janeiro a março. Nesse intervalo, a quantidade de pessoas inseridas no mercado de trabalho ocupadas ou não também aumentou nessa região: a taxa de participação passou de 65,4%, no primeiro trimestre, para 66,1%, no segundo.