Correio Braziliense, n. 21373, 21/09/2021. Brasil, p. 6 

Terceira dose: ritmo desigual 

Gabriela Bernardes 


O Plano Nacional de Imunização (PNI) definiu a aplicação da terceira dose de vacina contra a covid-19 na última quarta-feira. Com a falta de unidade na campanha vacinal pelo país, que se mantém desde o início do programa de imunização contra a doença, porém, alguns estados começaram a aplicar a dose de reforço há semanas, enquanto outros ainda não têm nem previsão. 

Dezoito capitais brasileiras já aplicavam a terceira dose da vacina antes da determinação do Ministério. Além de idosos acima de 70 anos que completaram o ciclo vacinal há seis meses, a aplicação desse reforço se destina às pessoas que fizeram algum tipo de transplante ou que tomaram a segunda dose (ou dose única) há, pelo menos, 28 dias, de acordo com a pasta. 

O reforço vacinal vale para quem tomou qualquer vacina e será realizado, preferencialmente, com uma dose da Pfizer, de acordo com o ministro da saúde, Marcelo Queiroga. Em caso de falta, o reforço deve ser realizado com doses da Janssen ou AstraZeneca. 

Na capital de São Paulo, as doses de reforço estão sendo oferecidas desde 6 de setembro. Nesta semana, a terceira dose passa a ser oferecida para idosos a partir de 80 anos, além de imunossuprimidos com mais de 18 anos. 

No Rio de Janeiro, que iniciou a campanha para a terceira dose em 1º de setembro, mas lida com falta de doses da Pfizer há semanas, a vacina de reforço está sendo aplicada em pessoas com 89 anos ou mais. Nos imunossuprimidos, o estado tem priorizado aqueles a partir dos 60 anos. No total, 10.600 idosos já haviam recebido a dose de reforço até a última quarta-feira. 

Outras capitais como Salvador, São Luís, Campo Grande, Curitiba, Goiânia, Fortaleza e Belo Horizonte se adiantam a aplicar a próxima dose. Em Salvador, 14.700 pessoas haviam tomado a terceira dose de reforço até o último dia 15. 

*Estagiária sob supervisão de Odail Figueiredo