O Estado de S. Paulo, n. 46923, 07/04/2022. Economia & Negócios, p. B7

Senado aprova indicações para BC, Cade e Ana

Daniel Weterman


O Senado aprovou, ontem, duas indicações do presidente Jair Bolsonaro para o Banco Central, além de uma para o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) e outras duas para a Agência Nacional de Águas (ANA).

A votação ocorreu após o Senado segurar as escolhas do presidente para agências reguladoras e órgãos de controle. Bolsonaro só conseguiu destravar o pacote ao dividir os cargos com aliados do Palácio do Planalto e do Congresso, beneficiando o Centrão.

Os senadores aprovaram a indicação do economista Diogo Abry Guillen para o cargo de diretor de Política Econômica do Banco Central e de Renato Dias Gomes para a diretoria de Organização do Sistema Financeiro e Resolução da autoridade monetária.

Os dois nomes haviam sido aprovados na terça pela Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado. Guillen recebeu 20 votos a favor e 2 contrários, enquanto Gomes teve 22 votos favoráveis e nenhum contra.

O plenário do Senado também deu aval à indicação da advogada Juliana Domingues para o cargo de procuradora-geral do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade). Ela fazia parte da assessoria do ministro da Justiça e Segurança Pública, Anderson Torres, e agora comandará a Procuradoria Federal Especializada do Cade (Procade), responsável por defender o órgão no Poder Judiciário.

Agência de águas. Na Agência Nacional de Águas (ANA), as indicações aprovadas foram de Veronica da Cruz Rios, para presidir o órgão, e de Ana Carolina Nascimento de Castro, para compor a diretoria. Até o momento, a agência era dirigida por interinos, o que preocupava o setor por atrasar decisões de interesse do segmento.