O deputado Júnior Bozzella (SP), que não faz parte da ala bolsonarista da sigla, disse ontem que, desde a saída de Flávio da legenda, o assunto não tem mais a ver com o PSL. O parlamentar também afirmou que, com a saída de Bolsonaro do partido, ele deve levar alguns “ônus” junto.

Bozzella lembrou que Queiroz é amigo da família Bolsonaro há muitos anos, e operações como a que aconteceu ontem podem atingir a imagem de Flávio.

— Acho que todo tipo de ação como essa que gera princípios de irregularidades, indícios de malversação do dinheiro público, isso possa sim trazer prejuízos para um partido político, traz uma pecha né, para a identidade do agente público que está envolvido nessa questão.

“Não é saudável”

O senador Major Olímpio (SP), líder do partido na Casa e membro da ala com a qual o presidente rompeu, disse que a operação era previsível, dado o julgamento do STF que permitiu o compartilhamento de dados do Coaf. Segundo o senador, a operação deve afetar a imagem de Flávio e Bolsonaro.

— Todos os sites e jornais, a imprensa toda noticiando uma operação, naturalmente não é saudável, é lógico que desgasta — afirmou.

No entanto, Major Olímpio ressaltou que conforme as investigações avancem, é possível encontrem elementos que corroborem com a inocência dos envolvidos.

Já Carla Zambelli (SP), vice-líder do partido na Câmara e da ala “bolsonarista”, disse que prefere esperar as investigações para opinar.