Correio Braziliense, n. 20695, 20/01/2020. Mundo, p. 11

Ao encontro de Pompeo



Mesmo proibido de deixar a Venezuela, Juan Guaidó, reconhecido como presidente interino por mais de 50 países, deve se reunir hoje, na Colômbia, com o secretário de Estado americano, Mike Pompeo. Sem dar detalhes sobre como voltou a desobedecer as restrições de deslocamento impostas pelo Supremo Tribunal venezuelano, o opositor ao governo de Nicolás Maduro anunciou, no início da tarde de ontem, em sua conta no Twitter, a chegada à nação vizinha.

“Já em #Colombia, grato ao Presidente @IvanDuque por seu apoio à luta do povo venezuelano. Geraremos as condições que nos levarão à liberdade. E garanto que o retorno ao nosso país será cheio de boas notícias”, escreveu. Em resposta, Iván Duque deu “boas-vindas ao presidente da Venezuela” e antecipou que eles teriam, ainda ontem, “uma reunião de trabalho”. Hoje, segundo Duque, participarão de uma cúpula internacional de combate ao terrorismo. Ao lado dos Estados Unidos, o chefe de Estado colombiano lidera a pressão internacional contra Maduro.

O encontro de Guaidó com Pompeo deve acontecer em Bogotá. “É o líder eleito da Venezuela, tenho pressa de me reunir com ele”, disse, ontem, o chefe da diplomacia americana, no avião a caminho de Bogotá. “Nossa missão na Venezuela não mudou. Estamos convencidos de que os venezuelanos merecem um 2020 melhor do que o que viveram em 2019. Maduro tem sido destrutivo.”

Depois da reunião, o secretário de Estado americano dará continuidade a uma viagem pela América Latina e pelo Caribe. Especula-se que, após a Cúpula Hemisférica contra o Terrorismo, Guaidó deixe a Colômbia e inicie uma viagem pela Europa, com participação no fórum de Davos.

De acordo com a imprensa venezuelana, Guaidó cruzou clandestinamente a fronteira com a Colômbia, que permanece fechada desde 2015. Em fevereiro do ano passado, ele também viajou sem autorização legal para o país vizinho. Na ocasião, tentou liderar uma fracassada tentativa de fazer doações dos Estados Unidos ingressarem na Venezuela. De acordo como o governo Maduro, Guaidó desembarcou com a ajuda de paramilitares e de narcotraficantes colombianos, mas o opositor nega.

Crise acirrada

A nova viagem coincide com o acirramento da maior crise política e socioeconômica da Venezuela. No último dia 5, Guaidó foi escolhido presidente da Câmara, após aprovação de 100 deputados aliados. No mesmo dia, o congressista Luis Parra foi anunciado para a mesma posição, após receber apoio chavista. Guaidó e outros deputados da oposição denunciaram essa sessão como “um golpe de Estado parlamentar”.

Maduro se propôs a realizar eleições parlamentares neste ano e, na semana passada, durante a prestação de contas anual à Assembleia Nacional Constituinte de Chávez, convidou a União Europeia e a Organização das Nações Unidas (ONU) para participar da observação do próximo pleito, ainda sem data definida. A Assembleia é um órgão legislativo criado pelo líder chavista após ter cassado os poderes da Assembleia Nacional, o Parlamento, composto em sua maioria por opositores.

Maduro diz querer diálogo e respeito

Mesmo proibido de deixar a Venezuela, Juan Guaidó, reconhecido como presidente interino por mais de 50 países, deve se reunir hoje, na Colômbia, com o secretário de Estado americano, Mike Pompeo. Sem dar detalhes sobre como voltou a desobedecer as restrições de deslocamento impostas pelo Supremo Tribunal venezuelano, o opositor ao governo de Nicolás Maduro anunciou, no início da tarde de ontem, em sua conta no Twitter, a chegada à nação vizinha.

“Já em #Colombia, grato ao Presidente @IvanDuque por seu apoio à luta do povo venezuelano. Geraremos as condições que nos levarão à liberdade. E garanto que o retorno ao nosso país será cheio de boas notícias”, escreveu. Em resposta, Iván Duque deu “boas-vindas ao presidente da Venezuela” e antecipou que eles teriam, ainda ontem, “uma reunião de trabalho”. Hoje, segundo Duque, participarão de uma cúpula internacional de combate ao terrorismo. Ao lado dos Estados Unidos, o chefe de Estado colombiano lidera a pressão internacional contra Maduro.

O encontro de Guaidó com Pompeo deve acontecer em Bogotá. “É o líder eleito da Venezuela, tenho pressa de me reunir com ele”, disse, ontem, o chefe da diplomacia americana, no avião a caminho de Bogotá. “Nossa missão na Venezuela não mudou. Estamos convencidos de que os venezuelanos merecem um 2020 melhor do que o que viveram em 2019. Maduro tem sido destrutivo.”

Depois da reunião, o secretário de Estado americano dará continuidade a uma viagem pela América Latina e pelo Caribe. Especula-se que, após a Cúpula Hemisférica contra o Terrorismo, Guaidó deixe a Colômbia e inicie uma viagem pela Europa, com participação no fórum de Davos.

De acordo com a imprensa venezuelana, Guaidó cruzou clandestinamente a fronteira com a Colômbia, que permanece fechada desde 2015. Em fevereiro do ano passado, ele também viajou sem autorização legal para o país vizinho. Na ocasião, tentou liderar uma fracassada tentativa de fazer doações dos Estados Unidos ingressarem na Venezuela. De acordo como o governo Maduro, Guaidó desembarcou com a ajuda de paramilitares e de narcotraficantes colombianos, mas o opositor nega.

Crise acirrada

A nova viagem coincide com o acirramento da maior crise política e socioeconômica da Venezuela. No último dia 5, Guaidó foi escolhido presidente da Câmara, após aprovação de 100 deputados aliados. No mesmo dia, o congressista Luis Parra foi anunciado para a mesma posição, após receber apoio chavista. Guaidó e outros deputados da oposição denunciaram essa sessão como “um golpe de Estado parlamentar”.

Maduro se propôs a realizar eleições parlamentares neste ano e, na semana passada, durante a prestação de contas anual à Assembleia Nacional Constituinte de Chávez, convidou a União Europeia e a Organização das Nações Unidas (ONU) para participar da observação do próximo pleito, ainda sem data definida. A Assembleia é um órgão legislativo criado pelo líder chavista após ter cassado os poderes da Assembleia Nacional, o Parlamento, composto em sua maioria por opositores.