O Estado de São Paulo, n. 46474, 13/01/2021. Metrópole, p. A15

Anvisa decide domingo sobre 2 vacinas
Mateus Vargas
13/01/2021



Agência analisa pedidos para uso emergencial da Coronavac, do Butantã, e do imunizante de Oxford, que será produzido pela Fiocruz

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) vai realizar reunião de diretoria colegiada no domingo para decidir sobre pedidos de uso emergencial das vacinas Coronavac e de Oxford/astrazeneca contra a covid-19. "Para tanto, faz-se necessária a entrega, em tempo hábil para análise, dos documentos faltantes e complementares", afirma a agência.

A diretoria da Anvisa é formada por cinco diretores, sendo o médico e contra-almirante Antonio Barra Torres o presidente do órgão. A data da reunião será no penúltimo dia de prazo estimado pela própria agência para análise dos pedidos.

Segundo painel publicado no site da Anvisa, o Instituto Butantã, ligado ao governo paulista, ainda não apresentou 5,47% dos documentos exigidos para o uso emergencial da Coronavac e 37,64% da documentação ainda está "pendente de complementação". Já 16,19% estão em análise e 40,7% dos documentos tiveram a avaliação concluída.

O governador João Doria (PSDB) tem cobrado urgência da Anvisa na liberação do uso da Coronavac, desenvolvida em parceria com o laboratório chinês Sinovac.

Já a Fiocruz apresentou todos os documentos exigidos para liberar o uso emergencial da vacina desenvolvida pela Universidade de Oxford e a farmacêutica britânica Astrazeneca.

Conforme a Anvisa, 14,44% da documentação ainda está "pendente de complementação". Outros 53,17% estão em análise e 32,39% dos documentos tiveram a avaliação concluída.  

Data. O governo federal afirma que no melhor cenário começará a vacinar em 20 de janeiro. Para isso, depende do aval da Anvisa.Cerca de 50 países já iniciaram a vacinação contra o novo coronavírus, incluindo latinoamericanos como México e Argentina.

A Pfizer também discute um pedido de uso emergencial da sua vacina à Anvisa.

Ontem, a empresa teve nova reunião com a agência, mas ainda não encaminhou essa análise. Nos bastidores, a empresa afirma que aguarda avançar um contrato com o Ministério da Saúde para entrar com a documentação.