Correio Braziliense, n. 21.140, 11/04/2021. Cidades, p. 18

 

Espera por vagas de UTI

Ana Isabel Mansur

11/04/2021

 

 

Em meio à expectativa da inauguração de mais três hospitais de campanha, prometidos pelo GDF para a primeira quinzena de abril, o Distrito Federal tinha, ontem, 371 pacientes na fila de espera por um leito de Unidade de Terapia Intensiva (UTI). Desses, 277 (74,6%) estavam com confirmação ou suspeita de covid-19. A atualização da Secretaria de Saúde (SES-DF) foi feita às 18h10 de ontem. Na rede pública do DF, a ocupação dos leitos de UTI para a doença estava em 94,63%; nos hospitais particulares, havia apenas uma cama disponível de terapia intensiva separada para o tratamento da doença. Entre as 405 pessoas que ocupam um leito de UTI para covid-19 na rede pública do DF, 37 (9,13%) são moradoras de outras localidades. No total, os hospitais particulares têm 403 camas de UTI para a doença e a rede pública, 451.

Ontem, a SES notificou mais 33 mortes por covid-19 — elevando o total de óbitos a 6.709 — e 1.203 novos casos da doença, totalizando 357.761 infectados, dos quais 338.387 (94,6%) são considerados recuperados. A média móvel de mortes estava em 67,7 — aumento de 33% na comparação com 27 de março, 14 dias atrás. A mediana de casos era de 1.296,3 ontem, queda de 18,3% em relação às duas últimas semanas. Das pessoas cujas mortes foram registradas, duas eram moradoras de Goiás. A idade das vítimas variava entre 30 e 80 anos ou mais. Apenas cinco pacientes não apresentavam nenhuma comorbidade; 28 sofriam de doença cardiovascular e 14, de distúrbios metabólicos. Dez pessoas eram obesas, quatro tinham pneumopatia e nefropatia acometia duas vítimas. Os óbitos registrados ocorreram na quinta (3), na sexta (20) e ontem (10).

Regiões administrativas

Ceilândia concentra 16,3% das mortes por covid-19 na capital federal, com 1.094 registros, cinco a mais do que na sexta-feira. Em seguida, estão Taguatinga (680) e Samambaia (505), que perderam uma vida cada em 24 horas. Em relação ao total de pessoas infectadas pela doença, Ceilândia também aparece à frente na lista das regiões administrativas, com 38.806 casos. O Plano Piloto está em segundo lugar, com 34.251 contaminados e Taguatinga, com 28.682 registros, ocupa a terceira posição do ranking.