Valor Econômico, n. 5206, v.21, 12/03/2021. Brasil, p.A6

 

 

 

Óbitos correspondem a 10,3% do total global

 

Segundo Fiocruz, apenas sete Estados não estão em condição considerada crítica

Por Rafael Rosas — Do Rio

 

 

Em seu Boletim Observatório Covid-19, divulgado ontem, a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) lembrou que há um ano [completado ontem] a Organização Mundial da Saúde (OMS) alertava para a pandemia de covid-19 no mundo. Ressaltou que o Brasil soma 11.122.429 de casos e 268.370 de óbitos pela doença, o que corresponde a 9,5% e 10,3% do total global, respectivamente, ainda que sua população seja menos de 3%.

 

A Fiocruz também informou que apenas sete Estados não estão em condição considerada crítica (com 80% ou mais de ocupação desse tipo de leito). “Apesar de ter apresentado estabilidade no número de casos e óbitos no período de setembro e outubro de 2020, o Brasil nunca alcançou uma redução significativa de sua curva de transmissão, mantendo-se sempre em patamares elevados de novos casos por dia, quando comparado a outros países”, informa. Atualmente o país enfrenta o pior cenário desde o início da pandemia.

 

A fundação lembra que os recordes de novos casos e óbitos vêm sendo superados diariamente, acompanhados por uma situação de colapso dos sistemas de saúde em Estados e municípios.

 

Na região Norte, o Pará mostrou uma queda na taxa de ocupação de leitos de UTI covid-19 para adultos de 82% para 75% e o Amapá um crescimento de 64% para 79%, ficando ambos na zona de alerta próxima da crítica. Os demais Estados permaneceram com taxas superiores a 80%: Rondônia (98%), Acre (96%), Amazonas (87%), Roraima (80%) e Tocantins (95%).

 

No Nordeste, somente Paraíba (75%) e Alagoas (75%) mantiveram-se na zona de alerta intermediária, ainda que com aumento das respectivas taxas. Maranhão (89%), Piauí (83%), Ceará (96%), Rio Grande do Norte (93%), Pernambuco (95%) e Bahia (86%) permaneceram na zona de alerta crítica, todos com pequenos aumentos no indicador. Sergipe também passou para a zona crítica, subindo de 59% no último boletim, uma semana antes, para 82% agora.

 

No Sudeste, todos os Estados mantiveram a tendência de crescimento do indicador, com Minas Gerais (79%), Espírito Santo (79%) e Rio de Janeiro (69%) continuando na zona de alerta intermediária e São Paulo (81%) entrando na zona de alerta crítica. Nas regiões Sul e Centro-Oeste, todos os Estados permaneceram na zona crítica, com taxas de pelo menos 96%: Paraná (97%), Santa Catarina (96%) e Rio Grande do Sul (99%), Mato Grosso do Sul (99%) e Mato Grosso (99%), Goiás (97%) e DF (97%).