Título: Taxa de mortalidade infantil também caiu entre 1991 e 2007
Autor: Aliski, Ayr
Fonte: Jornal do Brasil, 02/12/2008, Economia, p. A17

A expectativa de vida no país, que era de 67 anos em 1991, aumentou para 72,6 anos em 2007. Com isso, o brasileiro passou a viver em média 5,5 anos a mais que na década passada. Outra boa notícia, é que a taxa de mortalidade infantil caiu nos últimos 16 anos. Declinou de 45,19 óbitos de menores de um ano, a cada mil nascidos vivos em 1991 para 24,32 óbitos em 2007. Até 2015, a meta do país é atingir uma taxa de mortalidade infantil próxima a 15 ¿ ¿ a projeção aponta 8,20 ¿. As informações foram apresentadas ontem, na pesquisa Tábuas completas de Mortalidade, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística ( IBGE) ¿ que anualmente divulga o estudo, em cumprimento ao disposto no Artigo 2º do Decreto Presidencial n° 3.266 de 29/11/1999.

Os dados são utilizados pelo Ministério da Previdência Social no cálculo do fator previdenciário das aposentadorias. Esse fator combina a idade do indivíduo com a aposentadoria e tempo de contribuição e também a expectativa de vida que este indivíduo teria a partir daquele momento da aposentadoria.

A pesquisa, com dados referentes a 2007, mostra também que a expectativa de vida de mulheres ainda é maior que a dos homens. "Os mais expressivos diferenciais por sexo são encontrados nas Regiões Sudeste e Centro-Oeste, certamente fruto da combinação de efeitos como a maior longevidade feminina e as mortes por causas externas entre a população masculina jovem."

Entre as regiões, o Sul apresentou a maior taxa de expectativa de vida, com 74,7 anos. Em 1991, uma mulher nascida no Rio Grande do Sul vivia, em média, 18,98 anos a mais que um homem nascido em Alagoas. Já em 2007, a diferença que separa a expectativa de vida de uma mulher do Distrito Federal e a de um homem de Alagoas seria de 16,32 anos. Em 2007 a taxa feminina foi de 76,44 anos, contra 68,82 da masculina. Apesar disso,a diferença entre os gêneros, se manteve estável desde 1991, variando entre 6 e 8 anos.

Homens jovens morrem mais

De acordo com a pesquisa, "a sobremortalidade masculina passou de 3,34, em 1991, para 4,20, em 2007. Desse modo a chance de um homem morrer com idade entre 20 e 24 anos era quatro vezes maior que a de uma mulher no mesmo grupo etário". O Rio de Janeiro chama a atenção neste caso, referente as causas externas , que são as que não se enquadra em morte natural, conforme explicou o gerente de estudos e análises da dinâmica demográfica do IBGE, Juarez de Castro Oliveira

- Essa sobremortalidade já era alto, superior a cinco vezes maior de um jovem de 20 à 24 anos falecer em relação a mulher na mesma faixa etária .O Rio de Janeiro sempre foi tido, de longa data um Estado violento, até mesmo porque ele é composto de mais de 70% pela área metropolitana, o resto é interior - afirmou Juarez ao considerar que o Rio já tinha uma sobremortalidade masculina alta relativa ao período.