Correio braziliense, n. 20938, 20/09/2020. Política, p. 3

 

Comitiva visita o Pantanal

Marina Barbosa 

20/09/2020

 

 

As queimadas já destruíram mais de 2,3 milhões de hectares do Pantanal e continuam se alastrando pelos estados do Mato Grosso e do Mato Grosso do Sul. Por isso, uma comitiva de senadores e deputados federais está percorrendo o bioma para acompanhar o combate ao fogo e colher sugestões do que pode ser feito para evitar uma nova onda de incêndios florestais. As informações serão usadas na elaboração de medidas emergenciais e de leis de proteção ambiental que podem dar lugar ao Estatuto do Pantanal.

“Essa comissão deve trabalhar na elaboração do Estatuto do Pantanal, que conterá diretrizes visando fomentar atividades sustentáveis, recuperação de áreas degradadas, promoção do turismo, estímulo à criação de mecanismos econômicos de incentivo a atividades de preservação e conservação ambiental”, contou o senador Wellington Fagundes (PL-MT), que preside a comissão temporária externa criada no Senado para o acompanhamento dos incêndios do Pantanal.

Ele explicou que, apesar da sua importância ambiental, o Pantanal está desprotegido juridicamente e não é reconhecido como patrimônio federal. E disse que, por isso, a ideia é propor uma lei federal de gestão do Pantanal que evite a ocorrência de novas queimadas no futuro. Segundo os pantaneiros, as queimadas ocorrem todo ano na época seca, mas, agora, saíram do controle e estão destruindo boa parte da flora e da fauna local.

“Nosso objetivo é cobrar do Poder Executivo ação imediata no combate ao fogo, mas, também,ss propor o aprimoramento da legislação ambiental referente ao Pantanal”, reforçou a deputada Professora Rosa Neide (PT-MT), que coordena a comitiva da Câmara dos Deputados na visita ao Pantanal. O deputado Paulo Teixeira (PT-SP) acrescentou que “desde Cuiabá até Poconé uma nuvem de fumaça cobria todo horizonte”. Por isso, cobrou o reforço de medidas emergenciais.