O Estado de São Paulo, n.46274, 27/06/2020. Metrópole, p.A14

 

País registra mais de mil mortes pelo 4º dia

Fábio Bispo

Fábio Grellet

27/06/2020

 

 

O Brasil registrou pelo quarto dia consecutivo mais de mil mortes por covid-19 em 24 horas. Foram 1.055 mortes registradas entre anteontem e ontem, elevando o total de vidas perdidas para 56.109, segundo dados do levantamento realizado pelo Estadão, G1, O Globo, Extra, Folha e UOL com as secretarias estaduais de Saúde.

Por quatro dias consecutivos, o País contabilizou mais de mil mortes e mais de 40 mil novos casos confirmados da doença no período de 24 horas: foram 46.907 de anteontem para ontem e agora já são 1.280.054 pessoas contaminadas.

O Estado de São Paulo, que desde o início é o epicentro da doença, contabilizou 9.921 novos casos de contaminação e 237 mortes, elevando o total para 258.508 e 13.996 respectivamente. O Rio vem na sequência da lista de Estados mais afetados, com 137 mortes registradas por covid-19 e 2.600 novos casos da doença no período de 24 horas. Agora são 9.587 mortes e 108.497 casos no total. Na capital fluminense, o comércio de rua poderá reabrir a partir de hoje, das 11 horas às 17 horas.

SC e MG. O avanço da doença preocupa outras regiões que, até então, tinham a epidemia mais controlada. Todas as regiões do Estado de Santa Catarina estão em sinal de alerta. Dados do painel de riscos, por região, apontam nível grave para a doença em praticamente todo o território. Na região da foz do Rio Itajaí, o nível é gravíssimo. A evolução da doença acabou forçando prefeitos a adotarem novas medidas esta semana, mas não há consensos.

Em Blumenau, o prefeito Mário Hildebrandt (Podemos) proibiu a partir de ontem a circulação de idosos no transporte coletivo. Parques públicos e aglomerações também estão proibidos. Shopping centers e comércio, em geral, não foram afetados pela nova medida.

Em Belo Horizonte, que havia flexibilizado as restrições ao funcionamento do comércio, o prefeito Alexandre Kalil (PSD) decidiu ontem retornar à fase mais restrita de quarentena, em que só são permitidos os serviços essenciais. A ocupação de leitos de UTI para covid-19 saltou de 78% para 85% em uma semana. Houve um aumento também na ocupação dos leitos de enfermaria, de 61% para 69%.