O Estado de São Paulo, n.46206, 20/04/2020. Metrópole, p.10

Unidade policial fará teste; Bahia importa 80 mil kits

Lorenna Rodrigues

Fabiana Cambricoli

20/04/2020

Para aumentar a capacidade de testagem, o Ministério da Saúde quer usar laboratórios de genética forense da Polícia Civil nos Estados, estruturas da Embrapa e de novos hospitais ligados à Defesa. Também poderão ser usadas Parcerias Público-Privadas e equipamentos da rede de testes de HIV, hepatite e tuberculose, em todo o País.

O ministério ressalta que há limitação na capacidade de laboratórios da pasta, já que só 10% têm métodos automatizados para extrair o material genético e demais etapas, o que “restringe a capacidade instalada para aproximadamente 2 a 3 mil exames diários no País, notadamente insuficiente para o controle da epidemia”, diz o boletim.

O governo já comprou milhões de kits, mas ainda não recebeu, já que o insumo está escasso no mercado global. Segundo o boletim, o governo distribuiu dois milhões de testes rápidos, com previsão de que mais sete milhões sejam distribuídos até o fim de maio. É previsto edital para comprar outros 12 milhões. Com mais kits, a recomendação será de que idosos, pessoas em condição de risco, como cardiopatias graves, asma e diabete e gestantes de alto risco tenham prioridade, e depois a população economicamente ativa (15 a 59 anos).

Com a demora da União para enviar testes aos Estados, a Bahia comprou por conta própria 80 mil exames de dois fornecedores internacionais. Foram 60 mil kits da chinesa Hybribio por intermédio da B3B A VIDA, empresa brasileira importadora e distribuidora de produtos médico-hospitalares, e 20 mil de outra companhia estrangeira, cujo nome não foi divulgado. Os testes são do tipo RT-PCR, de biologia molecular que identifica se há material genético do vírus na amostra colhida do paciente.

Fabricante Chinesa

3 milhões

é a capacidade de fornecimento ao Brasil nos próximos 60 dias informada pela B3B A VIDA, em parceria com a Hybribio, que pode fabricar 200 mil kits por dia.