Empresas negam ter cometido irregularidades

Fausto Macedo, Julia Affonso, Mateus Coutinho e Valmar Hupsel Filho

29/06/2016

 

 

Alvos de buscas na Operação Boca Livre afirmam colaborar com as investigações da Polícia Federal.

Apontado pela PF como responsável por montar um esquema para desviar verbas a partir da Lei Rouanet, o Grupo Bellini Eventos Culturais, de São Paulo, não teve seus representantes localizados ontem. O dono, Antônio Carlos Bellini Amorim, foi preso.

Defensor do empresário Fábio Henrique Carvalho Pinto, sócio da Intercapital, também preso, o advogado Reinaldo Quatrocchi afirmou que a empresa prestou contas de todos os contratos feitos pela Lei Rouanet. Quatrocchi disse que, em uma conversa rápida com o cliente, ele afirmou que “não sabe por que está preso”.

Um dos alvos de diligência da PF, o escritório Demarest Advogados divulgou nota dizendo que não cometeu irregularidades.

“O objetivo da visita (da PF ao escritório) foi a solicitação de documentos e informações relacionados a empresas de marketing de eventos que prestaram serviços ao escritório no âmbito da Lei Rouanet.” Também em nota, a KPMG informou que não é objeto de investigação.

“O fato de a PF comparecer ao nosso escritório se deu pelo cumprimento de diligência para coletar documentos referentes a contratos com empresas de publicidade e propaganda e que prestaram serviços para a KPMG no apoio a projetos.” A Scania, em nota, disse que “não tem mais informações, mas está colaborando integralmente com a investigação e à disposição das autoridades”.

O Laboratório Cristália afirmou que “recebeu com surpresa a busca em suas dependências de documentação de agente cultural que lhe prestou serviço de fomento à cultura”.

Em nota, o Grupo NotreDame Intermédica enfatizou que não cometeu irregularidades. “O comparecimento da PF se deu pelo cumprimento de diligência para coleta de documentos e informações relacionados a empresas terceiras de marketing de eventos (alvos da investigação) que prestaram serviços ao Grupo NotreDame Intermédica.” A Lojas Cem disse que deu todo o apoio à diligência. “Informamos que os projetos culturais nos quais investimos foram feitos, de nossa parte, dentro da mais absoluta regularidade.” As outras empresas citadas não foram localizadas.