O Estado de São Paulo, n. 44768, 13/05/2016. Política, p. A19

EUA e UE evitam posição sobre afastamento

Maurício Ferro

O afastamento da presidente Dilma Rousseff provocou diferentes reações no âmbito internacional. Nos Estados Unidos e na União Europeia, a diplomacia e manutenção do bom relacionamento se destacam, independentemente da troca na presidência. “Nós temos uma boa relação cooperativa e muitos projetos de interesse mútuo, como em segurança e defesa, migração e antiterrorismo”, disse o porta-voz da UE ao Estado.

Na Grã-Bretanha, a posição foi semelhante. Um porta-voz do Ministério de Relações Exteriores afirmou que está monitorando os desenvolvimentos políticos do País. “Esse é um tema interno para os cidadãos do Brasil e seus representantes eleitos, sobre o qual não gostaríamos de fazer comentários adicionais’, disse.

Já a porta-voz do Departamento de Estado dos EUA, Elizabeth Trudeau, em entrevista à imprensa, comentou que os dois países mantêm uma forte relação bilateral. “Nós cooperamos com o Brasil em várias questões, como comércio e meio ambiente e esperamos que isso continue”, declarou.

Numa outra entrevista, o porta- voz da Casa Branca, Josh Earnest, declarou que os Estados Unidos estão com o Brasil, mesmo nestes momentos desafiadores.

Na América do Sul, o tom geral foi de desconforto com o afastamento de Dilma Rousseff. O Secretário-Geral da União de Nações Sul-Americanas (Unasul), o colombiano Ernesto Samper afirmou que a região vive um momento difícil.

 

Os presidentes da Venezuela, Nicolás Maduro, e da Bolívia, Evo Morales, chamaram o impeachment de golpe. / MAURÍCIO FERRO, ESPECIAL PARA O ESTADO