Brasília, 06/04/2015 - A Comissão de Ética Pública da Presidência da República instaurou processo para apurar a conduta do ex-ministro da Secretaria de Comunicação Social da Presidência Thomas Traumann. O ministro deixou o cargo após a revelação, pelo portal estadão.com.br, de documento no qual a Secom apontava situação de “caos político” e “comunicação errática” no governo.

O conselheiro Mauro de Azevedo Menezes, relator do caso na comissão, deu parecer favorável à “abertura de processo de apuração de infração ética, bem como a aplicação das sanções e recomendações cabíveis”. O processo foi instaurado em 24 de março. No dia seguinte, Traumann pediu à presidente Dilma Rousseff exoneração do cargo.

A decisão de abrir processo contra Traumann partiu do próprio presidente da comissão, Américo Lacombe. O ex-ministro da Comunicação Social terá dez dias para dar explicações.

À reportagem Traumann disse que os processos na comissão são “sigilosos” e que seus esclarecimentos “já foram enviados ao conselheiro”. A próxima reunião será em 27 de abril. Como já deixou o cargo, a única sanção cabível é uma censura ética, que, na prática, é uma “mancha no currículo”. A Comissão de Ética foi provocada pelo senador Aloysio Nunes (PSDB-SP), que aprovou na Comissão de Comunicação da Casa pedido para que Traumann seja convidado a explicar o teor do documento.