O desempenho de 66% das 1.237 operadoras de planos de saúde e odontológico do país foi considerado bom ou muito bom de 2011 a 2013, segundo a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), que divulgou ontem o Índice de Desempenho da Saúde Suplementar (IDSS) das operadoras. O indicador, que varia de 0 (pior) a 1 (melhor), pode ajudar o consumidor a escolher um plano de saúde. Os dados já estão disponíveis no site da ANS.

Todas as empresas ativas e com beneficiários ao longo de 2013 foram avaliadas, no total de 894 operadoras médico-hospitalares e 343 exclusivamente odontológicas. Os índices refletem o desempenho das empresas em 2013. Entre as 16 operadoras que englobam o maior grupo de beneficiários (30 milhões, de um total de 51 milhões), apenas duas tiveram notas inferiores a 0,6, ficando fora das duas melhores faixas de desempenho (veja quadro ao lado). A ANS ressaltou como positivo o aumento do percentual dos beneficiários de operadoras situadas nas duas melhores faixas de IDSS, de 76% em 2011 para 83% em 2013. Já o percentual de consumidores situados nas duas piores faixas recuou de 3% para 2%, no mesmo período.

As operadoras odontológicas também registraram um desempenho melhor. De 2011 para 2013, o percentual de beneficiários em operadoras situadas nas duas melhores faixas de IDSS passou de 76% para 92%. Nas duas piores faixas, houve redução de 4% para 3%.

A grande novidade, segundo a ANS, foi a divulgação de indicadores que qualificam cada operadora e dados sobre beneficiários por hospital e modalidade, bem como sobre planos individuais e coletivos ativos.

- Reunimos informações de forma clara. Assim, damos munição para que o consumidor faça suas escolhas, observando, além do fato da operadora estar avaliada na primeira faixa, na intermediária ou na última, dados como número de hospitais acreditados e o que isso representa em relação à rede oferecida pela operadora - avalia a diretora de Desenvolvimento Setorial da ANS, Martha Oliveira.

O IDSS, que analisa 30 indicadores, avalia o desempenho de quatro grupos: atenção à saúde (com peso de 40%), aspecto econômico-financeiro (20%), estrutura e operação (20%) e satisfação do beneficiário (20%).