Título: Ações do governo são corretas, porém tímidas
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Fonte: Gazeta Mercantil, 08/04/2009, Brasil, p. A10

8 de Abril de 2009 - O governo e o Banco Central (BC) acertaram nas ações tomadas para combater os efeitos da crise financeira internacional, porém essas medidas ainda são tímidas, segundo o presidente da MTTG e do Grupo Marambaia, Luiz Cesar Fernandes.

O BC ainda tem espaço para reduzir ainda mais a taxa básica de juros (Selic) e o ministério da Fazenda pode ampliar a redução do IPI para outros setores, além de automóveis, afirmou Fernandes, acrescentando que o governo "está com medo da inflação no futuro, mas o foco agora é superar a crise".

Para o presidente das Empresas Trevisan, Antoninho Marmo, a produção industrial brasileira já inicia uma retomada.

"As empresas fizeram caixa no final do ano passado por causa dos estoques. Com o esgotamento destes, a produção industrial se recupera", destacou Marmo.

Já a tentativa de regulamentar o mercado financeiro parece ser a tarefa mais difícil na opinião do presidente do Comitê Inter-Americano da Ordem dos Advogados, Marcello Hallake.

"É quase impossível cumprir essa tarefa. O setor atuou livre por anos. E não será fácil convencê-lo de que a criação de regras será melhor, mesmo com o exemplo da atual crise internacional", explicou.

Apesar das duras consequências da colapso econômico, momentos de crise sempre são períodos de reavaliação e da criação de novas oportunidades, segundo o CEO da Companhia Brasileira de Multimídia (CBM), Marcos Troyjo. "Crise é ameaça, mas também oportunidade. O problema maior é o congelamento da capacidade de produtividade", destacou o executivo.

Outras formas de combate à crise sugerida pelo coordenador da Graduação de Relações Internacionais do Ibmec RJ/BH, José Luiz Niemeyer, são ações centradas na educação e no apoio a arranjos produtivos locais.

Já o diretor de Infraestrutura e Meio Ambiente da Federação das Indústrias de São Paulo (Fiesp), Luiz Gonzaga Bertelli, o Brasil tem necessidade de expandir a geração de energia elétrica.

(Gazeta Mercantil/Caderno A - Pág. 10)(N.P e S.L.)