Título: Cotação do petróleo tem maior alta em dois meses
Autor: Agências internacionais
Fonte: Valor Econômico, 04/01/2006, Empresas &, p. B6

Combustível

O petróleo superou US$ 63 o barril em Nova York ontem, a maior alta nos últimos dois meses, após uma disputa de preços entre os governos russo e ucraniano interrompeu parte do fornecimento de gás natural para a Europa e causou preocupações de que a Rússia não seja uma fonte confiável de energia. "O petróleo subiu em parte por causa dos eventos que ocorreram entre Rússia e Ucrânia", disse Bill O´Grady, analista da A.G. Edwards & Sons, nos Estados Unidos . "Em caso de faltas persistentes de gás natural, a saída é utilizar combustíveis alternativos. O maior problema é que talvez a Rússia não seja um fornecedor de energia confiável", disse. A Rússia fornece um quarto do gás usado na Europa, na maior parte por meio de gasodutos que atravessam a Ucrãnia, e disputa com a Arábia Saudita a posição de maior produtor mundial de petróleo. Em Nova York, os contratos do WTI com entrega em fevereiro subiram US$ 2,10, fechando a US$ 63,14 por barril, depois de atingir a máxima do dia de US$ 63,80, o maior nível registrado desde 19 de outubro. Em Londres, o petróleo tipo Brent para entrega em fevereiro foi cotado a US$ 61,35 o barril, com alta de US$ 2,37. A máxima do dia foi de US$ 62,05 em Londres, enquanto a mínima ficou abaixo de US$ 60. "O poder geopolítico está passando das mãos dos países consumidores de energia para os produtores", disse Jason Schenker, economista e analista na Wachovia, nos Estados Unidos. "É possível que vejamos muitos outros casos de interrupção de fornecimento nos próximos anos", afirmou o analista.