Título: Bancos reduzem previsão para o PIB
Autor: Assis, Francisco Carlos de
Fonte: O Estado de São Paulo, 04/11/2011, Economia, p. B11

Pesquisa da Febraban, com 30 instituições, aponta ainda avanço na previsão d o IPCA e estabilidade na dos juros

O Produto Interno Bruto (PIB) deverá encerrar este ano mostrando um crescimento de 3,2%, segundo a mediana das expectativas de 30 bancos que participaram da Pesquisa Febraban de Projeções Macroeconômicas e Expectativas de Mercado realizada pela Federação Brasileira de Bancos (Febraban) entre os dias 28 de outubro e 1.º de novembro. O mesmo levantamento aponta para uma expansão do PIB em 2012 de 3,6%.

A pesquisa atual apresenta piora nas expectativas dos bancos para quase todos os indicadores na comparação com o levantamento realizado em setembro.

Na pesquisa anterior, a projeção dos 33 bancos consultados naquele momento em relação ao PIB apontava para uma expansão da economia de 3,5% em 2011 e de 3,8% no ano que vem. Isso mostra que do levantamento de setembro para o de outubro os bancos reduziram a expectativa de crescimento do PIB em 0,3 ponto porcentual em 2011 e em 0,2 ponto porcentual para 2012.

Para o IPCA, o levantamento atual mostra que a mediana das expectativas para este ano é de que a inflação feche em 6,5% e em 2012, em 5,7%. Na pesquisa anterior, as previsões eram de 6,4% no encerramento deste ano e de 5,5% em 2012. Neste caso, a mediana das previsões para 2011 foi aumentada em 0,1 ponto porcentual e a do ano que vem, em 0,2 ponto porcentual.

A taxa básica de juros, a Selic, segundo os bancos que participaram da pesquisa de outubro, deverá terminar 2011 em 11%, a mesma taxa prevista no levantamento anterior. Para 2012, no entanto, os bancos reduziram a previsão para 10% de uma expectativa anterior que era de 10,63%.

Para o dólar, a mediana das expectativas dos bancos é de que a moeda americana fechará este ano cotada a R$ 1,74 e em 2012, em R$ 1,75. Na pesquisa anterior, as previsões eram de R$ 1,63 e de R$ 1,66 para 2011 e 2012, respectivamente.

Já nas operações de concessão de crédito, o ano deve fechar com uma taxa de crescimento mais próxima de 20% do que algo em torno de 15% a 16%, avaliou ontem o economista-chefe da Febraban, Rubens Sardenberg. Ao comentar, em entrevista, os número da pesquisa, Sardenberg lembrou que até setembro, o crescimento no ano de novas concessões já estava em 13%.

Considerando mais três meses pela frente, é possível que o crédito feche 2011 com um crescimento superior. A própria mediana da pesquisa aponta para uma expansão de 17,1% em 2011 e de 15,5% em 2012. Na pesquisa de setembro, as previsões eram de 16% para este ano e de 15,1% para 2012.