Peça teatral que estreou com grande sucesso em 24 de março de 1860, no Ginásio Dramático, no Rio de Janeiro. A data marcada inicialmente, 15 de março, concidiu com a morte do pai de Alencar e teve que ser adiada. Em decorrência desse fato, o cuidado que o autor tivera para deixar que a autoria da peça permanecesse em sigilo desmoronou. Mãe fez com que José de Alencar passasse a ser considerado pela crítica e pelo público o maior dramaturgo brasileiro de sua época. Machado de Assis, que se ocuparia em analisar a produção teatral de Alencar, preferiu, de novo, ver mais longe: considerou a tragédia [...] um libelo antiescravista. Se ainda fosse preciso inspirar ao povo o horror pela instituição do cativeiro, cremos que a representação do novo drama do sr. José de Alencar faria mais do que todos os discursos que se pudessem proferir no recinto do corpo legislativo , defendeu Machado. (LIRA NETO. O inimigo do rei: uma biografia de José de Alencar, ou, A mirabolante aventura de um romancista que colecionava desafetos, azucrinava D. Pedro II e acabou inventando o Brasil, 2006. p. 200-201). Lira Neto informa também que em setembro de 1863 Alencar assinou com a Garnier contrato para reedição de todas as suas peças de teatro, encenadas até a ocasião. Pode-se inferir, portanto, que esta segunda edição é posterior a 1863, mas ainda da década de sessenta.