Senado Federal Secretaria de Biblioteca Diretrizes para construção do tesauro da Rede Virtual de Bibliotecas – Congresso Nacional – RVBI Desenvolvido pelo Grupo de Estudo do Tesauro da RVBI Brasília 2007 Edições da Biblioteca do Senado Federal, v. 1 Diretora da Biblioteca Acadêmico Luiz Viana Filho: Simone Bastos Vieira Chefe do Serviço de Gerência da Rede Virtual de Bibliotecas – Congresso Nacional - RVBI: Elaine Ricevich de Oliveira Diretora da Subsecretaria de Pesquisa e Recuperação de Informações Bibliográficas: Helena Celeste R. L. Vieira Diretora da Subsecretaria de Processamento Técnico de Informações Bibliográficas: Stelina Maria Martins Pinha Elaboração: Andréa F. Brandes (Biblioteca do Tribunal de Contas do Distrito Federal) Ceres Maria Veras de Sandes (Biblioteca do Senado Federal) Doraeliza Gorovitz (Biblioteca da Procuradoria Geral da República) Elaine Ricevich de Oliveira (Biblioteca do Senado Federal) Laura Ferreira da Cunha (Biblioteca do Superior Tribunal de Justiça) Lisane Meira Lima Gesteira (Biblioteca do Senado Federal) Luciana Araújo Reis (Biblioteca do Supremo Tribunal Federal) Marcela Caldas V. de Carvalho (Biblioteca do Senado Federal) Maria de Fátima P. Jaegger (Biblioteca do Senado Federal) Mirian Gassenferth Veloso Innecco (Biblioteca do Prodasen) Colaboração na primeira versão: Ana Paula de Araújo (Biblioteca da Advocacia-Geral da União) Débora Machado de Toledo (Biblioteca da Câmara dos Deputados) Maria do Carmo Luduvice (Biblioteca da Câmara dos Deputados) Diretrizes para construção do tesauro da Rede Virtual de Bibliotecas - Congresso Nacional - RVBI / desenvolvido pelo Grupo de Estudo do Tesauro da RVBI. – Brasília : Senado Federal, Secretaria de Biblioteca, 2007. 76 p. -- (Edições da Biblioteca do Senado Federal ; v. 1) 1. Tesauro, manual. I. Brasil. Congresso Nacional. Senado Federal. Secretaria de Biblioteca. CDD 025.49 Agradecimentos À Prof.ª Dra. Nair Kobashi, pela iniciação à teoria de tesauros, no curso Metodologia de Construção de Tesauro, no ano de 2003. À Prof.ª Dra. Hagar Espanha Gomes, que nos distinguiu com a leitura da primeira versão deste trabalho e com suas observações. Os conhecimentos transmitidos no curso Princípios de Construção de Tesauros, ministrado em novembro de 2004 no Rio de Janeiro, foram fundamentais para a continuidade do projeto. A cada um daqueles que, direta ou indiretamente, colaboraram neste trabalho, especialmente às integrantes que não continuaram no Grupo, mas contribuíram nas diversas etapas de desenvolvimento do projeto, com consciência e convicção da necessidade de atualização do VCB e da importância desse instrumento de trabalho nos processos de análise e recuperação das informações da RVBI. Apresentação - Edições da Biblioteca do Senado Federal - A Biblioteca Acadêmico Luiz Viana Filho, do Senado Federal, completa 181 anos sem carregar o peso da idade. É hoje um centro onde palpita a vitalidade do trânsito ágil de informações, em que se destacam tanto as publicações em papel como os conteúdos em formatos digitais ou de acesso virtual, uma das principais conquistas atuais, transformando a informação em produtos e serviços para seus usuários. A própria concepção da Biblioteca do Senado considera que informações precisas, objetivas e imparciais são a matéria-prima para o pleno desenvolvimento da democracia, exercida pelos representantes do povo. Assim sendo, a Biblioteca torna-se fundamental à tomada de decisões com confiabilidade, constituindo-se no subsídio estratégico à ação parlamentar, na intenção de que serviços de informações de qualidade sejam capazes de aumentar a credibilidade e a eficácia do Legislativo junto ao cidadão brasileiro. A interatividade, interdisciplinaridade e a especialização dos serviços e produtos de informação são requisitos cada vez mais observados nas solicitações de pesquisas pelos senadores. Acessibilidade, dados fidedignos, compatíveis e padronizados, além de flexibilidade para se utilizar múltiplos meios de acesso com segurança, são alguns atributos essenciais na Biblioteca. A Biblioteca do Senado se mantém atualizada, tanto do ponto de vista do conteúdo, quanto das formas de acesso aos seus documentos. Implantou um moderno portal na Internet e criou a Biblioteca Digital do Senado Federal para possibilitar uma maior velocidade de acesso ao texto, som e imagem dos livros, artigos de revistas e jornais, obras raras e recursos eletrônicos, em meio à vastidão de documentos disponíveis. A gestão da informação, na Biblioteca do Senado, compreende dois enfoques principais: - a elaboração do produto “informação”: requer o desenvolvimento e implantação de procedimentos técnicos e metodológicos, de acordo com padrões internacionais, que transformam o dado em informação e esta em conhecimento, integrando os diversos tipos e suportes de informação ; e - o desenvolvimento dos serviços de informação: que está relacionado à missão da instituição, à política de qualidade das bibliotecas, arquivos, e centros de documentação, a observação e descrição do uso da informação, a análise do comportamento pessoal e institucional do usuário da informação além da avaliação da satisfação dos clientes. É nessa perspectiva de gestão, de tratamento da informação, da adoção de padrões internacionalmente reconhecidos de catalogação e intercâmbio de informações, do compartilhamento de acervos, da melhoria da formação profissional e da substituição do conceito de desenvolvimento de coleções locais pelo acesso à informação onde ela estiver que surge a Rede Virtual de Bibliotecas - Congresso Nacional - RVBI, coordenada pela Biblioteca do Senado Federal. Além da Biblioteca do Senado, compõem a RVBI as bibliotecas dos seguintes órgãos: Advocacia-Geral da União, Câmara dos Deputados, Câmara Legislativa do Distrito Federal, Ministério da Justiça, Ministério do Trabalho, Procuradoria Geral da República, Prodasen, Superior Tribunal de Justiça, Superior Tribunal do Trabalho, Superior Tribunal Militar, Supremo Tribunal Federal, Tribunal de Contas da União, Tribunal de Contas do Distrito Federal e Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios. A cooperação técnica na RVBI se faz em vários níveis – complementação de acervos, cooperação de serviços, de recursos e de produtos: catalogação, indexação, produção de bibliografias especializadas; produção de catálogos online; emissão online de etiquetas de lombada e cartões de empréstimo; treinamentos; elaboração de diretrizes e manuais para a padronização dos dados na RVBI. O lançamento da série Edições da Biblioteca do Senado Federal vem consolidar as normas e padrões usados na RVBI como forma de manter a qualidade das informações das bases de dados e de zelar para que prevaleçam as condições de integridade e confiabilidade do sistema de informações da Rede. Inicialmente estão previstos quatro títulos: Diretrizes para construção do tesauro da Rede Virtual de Bibliotecas – Congresso Nacional – RVBI; Vocabulário Controlado Básico (VCB); Análise e representação de assuntos e Descrição bibliográfica. O Senado Federal espera, com essas publicações, contribuir para a consolidação da RVBI e para o fortalecimento de cada uma de suas bibliotecas. A adoção de padrões internacionais funciona como uma via de mão dupla, permitindo a busca de informações disponíveis no mundo e, também, que os diversos países possam acessar as informações produzidas por nós, em língua portuguesa. Simone Bastos Vieira Diretora da Biblioteca Acadêmico Luiz Viana Filho Apresentação A Gerência da Rede Virtual de Bibliotecas - Congresso Nacional - RVBI dedicou-se, durante os anos de 1998 a 2002, ao estudo e implantação do novo software de gerenciamento de bibliotecas e ao posterior controle de qualidade das informações migradas do antigo Subsistema de Administração de Bibliotecas (Sabi) para as novas bases de dados. Após essa data, o foco de trabalho foi direcionado para a adequação das regras de descrição bibliográfica, bem como da linguagem de análise e representação de seus conteúdos, ao novo formato de catalogação MARC 21. Com isto, a Gerência da Rede atendia, primordialmente, a uma demanda das bibliotecas da RVBI, que ansiavam pela atualização do Vocabulário Controlado Básico (VCB), utilizado na representação dos assuntos dos documentos e na recuperação das informações bibliográficas. O VCB é composto por termos de vários campos do conhecimento científico, com destaque para as Ciências Sociais, e ênfase no Direito, uma vez que a maioria das bibliotecas da RVBI concentra seus acervos nestas áreas. A atualização terminológica é um trabalho contínuo que deve acompanhar a evolução das ciências e da tecnologia para, assim, prover as bibliotecas da Rede com terminologia abrangente, relevante e adequada aos perfis temáticos das coleções de suas instituições. Diante da extensão e complexidade do trabalho que envolveria a atualização de um vocabulário e sua transformação em um tesauro, surgiu a idéia de criação de um grupo de trabalho, envolvendo, necessariamente, as bibliotecas da Rede. Assim, em 2002 foi criado o Grupo de Estudos do Tesauro da RVBI, com o objetivo de construir um tesauro multidisciplinar, em língua portuguesa, tendo como base o VCB. O Grupo implementou atividades teóricas e práticas, que envolveram estudos teóricos e treinamentos, análise e organização do conteúdo do VCB, definição da abrangência temática e elaboração do Projeto do tesauro, culminando na publicação destas Diretrizes para construção do tesauro da Rede Virtual de Bibliotecas – Congresso Nacional – RVBI. Espera-se que o Tesauro da RVBI, com o nível de detalhamento proposto, cumpra efetivamente sua função de instrumento de registro e de recuperação das informações, e a expectativa é que gere uma demanda de utilização além das fronteiras da RVBI. Stelina Maria Martins Pinha Diretora da Subsecretaria de Processamento Técnico de Informações Bibliográficas Nota introdutória A preparação deste manual, iniciada no mês de setembro de 2004, objetivou a reunião dos critérios adotados na construção do tesauro da RVBI, incluindo conceitos e normas de redação da língua portuguesa e de construção de tesauros, como também regras específicas adotadas para a RVBI. A primeira versão do manual, concluída no ano de 2005, recebeu o título de Manual de elaboração do tesauro da RVBI e, inicialmente, foi divulgado no âmbito das bibliotecas integrantes do Grupo. Os estudos de termos e a troca de experiências durante as reuniões do Grupo promovem uma constante revisão das diretrizes inicialmente estabelecidas. A identificação de outras necessidades de padronização resultou no estabelecimento de novas normas, mantendo, no entanto, as linhas mestras do trabalho originalmente desenvolvido. Os critérios aqui reunidos são aplicados tanto na revisão do conteúdo original do VCB, que demandará dedicação sistemática a longo prazo, quanto na sua manutenção, com a criação de novos termos. Assim, tendo em vista o propósito permanente de uniformizar critérios e procedimentos, o texto desta publicação será atualizado de acordo com a evolução e necessidades do trabalho. Essas atualizações serão divulgadas e poderão ser consultadas na página da Biblioteca do Senado (http://www.senado.gov.br/sf/biblioteca/). Brasília, Março de 2007. SUMÁRIO 1 Vocabulário Controlado Básico – VCB................................................ 13 2 Grupo de Estudo do Tesauro da RVBI................................................ 14 3 Abrangência temática do tesauro........................................................ 15 3.1 Áreas núcleos .............................................................................. 15 3.2 Áreas periféricas.......................................................................... 16 4 Termos ................................................................................................ 17 4.1 Forma dos termos........................................................................ 18 4.1.1 Recomendação especial...................................................... 19 4.2 Normalização gramatical ............................................................. 19 4.2.1 Substantivos próprios .......................................................... 19 4.2.2 Gênero................................................................................. 19 4.2.3 Número ................................................................................ 20 4.2.4 Maiúsculas e minúsculas..................................................... 21 4.2.5 Abreviaturas e siglas............................................................ 22 4.2.6 Hífen .................................................................................... 23 4.2.7 Parênteses........................................................................... 24 4.2.8 Elementos numéricos .......................................................... 24 4.3 Controle terminológico................................................................. 25 4.3.1 Grafia ................................................................................... 25 4.3.2 Empréstimo lingüístico (termos estrangeiros)...................... 25 4.3.3 Gírias ou jargões.................................................................. 26 4.3.4 Nomes comuns X nomes comerciais................................... 26 4.3.5 Nomes populares X nomes científicos................................. 27 4.3.6 Homonímia (polissemia) ...................................................... 27 4.3.7 Sinonímia (quase-sinonímia) ............................................... 28 4.3.8 Antonímia............................................................................. 28 4.4 Relações entre conceitos e termos ............................................. 28 4.4.1 Relação de equivalência (USE / NÃO USE)........................ 29 4.4.1.1 Recomendação especial................................................. 30 4.4.2 Relação de denominação (TR) ............................................ 30 4.4.3 Relação hierárquica (TG/TE) ............................................... 31 4.4.4 Relações partitiva e associativa (TR) .................................. 31 4.5 Nota explicativa (NE) ................................................................... 33 4.6 Definição (DEF.) .......................................................................... 34 5 Estrutura da base de dados ................................................................ 34 6 Apresentação do tesauro .................................................................... 35 6.1 Tesauro alfabético estruturado .................................................... 35 6.2 Listas auxiliares ........................................................................... 37 6.2.1 Lista auxiliar de nomes geográficos..................................... 37 6.2.2 Lista auxiliar de profissões e cargos.................................... 38 6.2.3 Lista auxiliar de doenças ..................................................... 39 6.2.4 Lista auxiliar de povos ......................................................... 40 6.2.5 Lista auxiliar de idiomas....................................................... 40 6.2.6 Lista de especificadores ...................................................... 41 7 Ficha terminológica ............................................................................. 42 8 Bibliografia........................................................................................... 43 9 Anexos................................................................................................. 45 9.1 Anexo 1: Mapa das áreas núcleos e periféricas.......................... 45 9.2 Anexo 2: Ficha terminológica ...................................................... 47 9.3 Anexo 3: Ficha terminológica preenchida.................................... 51 9.4 Anexo 4: Fontes para pesquisa de termos .................................. 57 9.5 Anexo 5: Projeto do tesauro ........................................................ 65 Diretrizes para construção do tesauro da Rede Virtual de Bibliotecas 1 VOCABULÁRIO CONTROLADO BÁSICO – VCB O Vocabulário Controlado Básico – VCB é a linguagem de indexação utilizada pela Rede Virtual de Bibliotecas – Congresso Nacional – RVBI desde a década de 80. Foi adotado, à época, pela Rede SABI – Subsistema de Administração de Bibliotecas, gerenciada pela Biblioteca do Senado Federal e composta por bibliotecas do Poder Legislativo, Executivo e Judiciário, na esfera federal e do Distrito Federal. As antigas bases de dados bibliográficos BIBR e PERI, que compunham a então Rede SABI – Subsistema de Administração de Bibliotecas, utilizavam linguagens próprias para a indexação de seus documentos: para os livros era utilizada uma tradução interna dos cabeçalhos de assunto da Library of Congress e, para os artigos, um controle próprio de vocabulário. A necessidade de padronizar a armazenagem das informações das duas bases de dados e tornar mais eficaz a sua recuperação, envolveram a Biblioteca do Senado e o Prodasen no desenvolvimento de um sistema para controle da linguagem de indexação, que foi construído na linguagem STAIRS – Storage and Information Retrieval System, entre 1980 e 1983. O desenvolvimento do VCB incluiu aspectos específicos das áreas de informática e biblioteconomia, tais como: estabelecimento de diretrizes para o desenvolvimento do vocabulário; definição dos formatos de entrada e saída da base de dados; pesquisas a fontes bibliográficas (tesauros, vocabulários, dicionários, manuais de construção de tesauro); consultas a especialistas; alimentação da base de dados; emissão da primeira versão e sua análise crítica; inclusão de campo específico para código de classificação de assunto; colaboração das diversas bibliotecas da rede para estudo mais aprofundado de descritores das suas áreas de interesse. A utilização do VCB, fonte básica de linguagem documental, visa manter a uniformidade na indexação de livros, publicações seriadas, artigos de periódicos e de jornais e na recuperação das informações relativas a esses documentos. Possui descritores de todos os campos do conhecimento científico, com maior ênfase nas Ciências Sociais, especialmente na área do Direito. Em diagnóstico realizado em setembro de 1991 pela bibliotecária do Senado Federal Maria Eliza Nogueira Loddo foram identificadas as seguintes deficiências e limitações do VCB: descritores sem estrutura hierárquica; relação hierárquica confundindo-se com a relação associativa; indefinição de categorias e do tipo de notação para a hierarquização completa do vocabulário; falta de conexão das bases de dados com o vocabulário, limitando e dificultando as possibilidades de busca pelo usuário. À época, 4.619 (quatro mil seiscentos e dezenove) descritores aguardavam estudo e sistematização. 13 Diretrizes para construção do tesauro da Rede Virtual de Bibliotecas Ao longo dos anos, as principais deficiências do vocabulário não foram sanadas, não obstante a inclusão de novos descritores. O VCB foi sofrendo uma grande defasagem, causada pela carência de sistematização na sua atualização e pela inexistência de uma equipe exclusiva para sua manutenção. 2 GRUPO DE ESTUDO DO TESAURO DA RVBI Em 2001, durante reunião da RVBI, da qual participaram representantes das bibliotecas cooperantes, foi proposta a revisão do VCB. No ano seguinte, em maio de 2002, foi constituído um grupo de trabalho composto inicialmente por representantes da Advocacia Geral da União, Câmara dos Deputados, Câmara Legislativa do Distrito Federal, Procuradoria Geral da República, Prodasen, Senado Federal, Superior Tribunal de Justiça, Superior Tribunal Militar, Supremo Tribunal Federal, Tribunal de Contas do Distrito Federal e Tribunal Superior do Trabalho 1 (ELABORAÇÃO..., 2005). O Grupo de Estudo do Tesauro da RVBI, inicialmente denominado Grupo de Estudo do VCB, deu início aos estudos, com o objetivo de reformular e atualizar o VCB, com a aplicação de normas para a elaboração de um tesauro multidisciplinar monolíngüe para a RVBI. Sob a coordenação do Serviço de Gerência da RVBI, a metodologia de trabalho (ELABORAÇÃO..., 2005) foi implantada gradativamente, em reuniões realizadas na Biblioteca do Senado, em intervalos regulares – semanais ou quinzenais. Assim, foram definidas estratégias e implementadas as ações necessárias para alcançar os objetivos propostos, destacando-se: - estudo da freqüência de utilização de cada termo do VCB, a partir de pesquisas nas bases bibliográficas da Rede; - classificação e/ou reclassificação dos termos do VCB pela Classificação Decimal de Dewey (CDD), 21. ed., ou pela Classificação Decimal de Direito, de Dóris de Queiroz Carvalho (para a área de Direito); - definição de grandes áreas de assunto, baseadas nas mesmas tabelas de classificação, com o objetivo de permitir a reunião de termos por grandes áreas do conhecimento e possibilitar sua revisão por áreas (“sub-base”); - criação de campos específicos, na base de dados do VCB, para inclusão dos novos dados: freqüência de uso dos termos e sub-bases; - definição da abrangência temática do tesauro, a partir das áreas de atuação e interesses de cada biblioteca da RVBI: áreas núcleos e periféricas; 1 O número de integrantes no Grupo variou no decorrer dos trabalhos, devido a desligamentos e/ou substituições. 14 Diretrizes para construção do tesauro da Rede Virtual de Bibliotecas - estudos teóricos sobre tesauros; - treinamentos específicos sobre tesauros: seminários e cursos; - elaboração do Projeto do tesauro da RVBI (ANEXO 5); - definição da ficha terminológica; - pesquisa de softwares gerenciadores de tesauros; - estudos de termos novos sugeridos pelos indexadores; A partir do segundo semestre do ano de 2004 a implantação de nova metodologia de trabalho, com a retomada da análise de termos novos para o VCB e o aprofundamento dos estudos teóricos de tesauros, contribuíram para um maior entrosamento do Grupo e para a uniformização da aplicação dos conhecimentos adquiridos, consolidado pela redação deste manual. 3 ABRANGÊNCIA TEMÁTICA DO TESAURO O Tesauro da RVBI tem por objetivo representar, de forma unívoca, os conceitos existentes em documentos analisados pelas bibliotecas da Rede Virtual de Bibliotecas – Congresso Nacional - RVBI. A abrangência do Tesauro está dividida em áreas núcleos e áreas periféricas (mapa no ANEXO 1). 3.1 Áreas núcleos - Administração pública - Ciência e tecnologia - Ciência militar - Direito - Economia: - Agricultura - Indústria - Pecuária - Pesca - Turismo - Fiscalização e controle das finanças públicas - História e geografia do Brasil - História militar do Brasil - Informática e processamento de dados - Infra-estrutura: - Assentamentos humanos - Construção civil - Energia e mineração (recursos) - Habitação e urbanismo - Obras públicas 15 Diretrizes para construção do tesauro da Rede Virtual de Bibliotecas - Recursos hídricos - Saneamento - Telecomunicações - Transporte - Patrimônio histórico e artístico de Brasília - Política: - Ciência política - Defesa nacional - Política e governo - Relações exteriores - Sociologia - Questões sociais: - Comunicação - Educação, cultura e esporte - Indigenismo - Meio ambiente - Previdência e assistência social / Seguridade social - Proteção social - Saúde pública - Silvicultura - Trabalho e profissões 3.2 Áreas periféricas - Administração de empresas - Antropologia - Arquitetura - Artes - Astronomia - Biblioteconomia - Biografias - Biologia - Cartografia - Ciência da Informação - Climatologia - Conhecimento - Contabilidade - Ecologia - Educação física - Engenharia - Estatística - Filosofia - Física - Genealogia - Geografia geral - Geologia - Hidrologia 16 Diretrizes para construção do tesauro da Rede Virtual de Bibliotecas - História geral - Jornalismo - Línguas - Lingüística - Literatura - Marketing - Matemática - Medicina - Meteorologia - Nutrição - Oceanografia - Pedologia - Psicologia - Publicidade - Química - Recursos naturais - Religião - Retórica 4 TERMOS O termo é o signo lingüístico que representa um conceito numa determinada área do conhecimento. Diferentemente da palavra, o termo tem seu significado assegurado, mesmo fora do contexto, ou seja, isoladamente. Desta forma, na linguagem natural, a palavra “Tênis” tanto pode se referir ao esporte como ao calçado. Porém, no tesauro, ela só pode designar um ou outro: “Tênis [calçado]” e “Tênis [esporte]”. A elaboração de um tesauro consiste, então, na definição dos conceitos, que são designados pelos termos, e no estabelecimento das relações entre esses conceitos. Segundo sua função na estrutura do tesauro, o termo pode ser: null Descritor: representa o conceito e é o termo autorizado para a indexação e recuperação de determinado assunto. Exemplo: - Coação moral null Não-descritor ou Termo equivalente: embora possa descrever o mesmo conceito que o descritor, não pode ser utilizado para a indexação. Exemplo: - Prisão aberta NÃO USE Estabelecimento penal aberto 17 Diretrizes para construção do tesauro da Rede Virtual de Bibliotecas null Qualificador: utilizado para diferenciar ou especificar o descritor, incluído após o mesmo, entre parênteses. Exemplos: - Capital (economia) / Capital (cidade) - Capitanias hereditárias (1534-1762) - Coação (direito civil) / Coação (direito penal) 4.1 Forma dos termos Os termos são constituídos por: null Uma única palavra, que pode ser: um substantivo, um adjetivo substantivado ou um verbo substantivado. Exemplos: - Acusado [substantivo] - Caducidade [adjetivo substantivado] - Indexação [verbo substantivado] null Mais de uma palavra, formando expressões: substantivadas ou nominais (compostas por dois substantivos); adjetivadas (compostas por um substantivo e um adjetivo modificador); preposicionadas (compostas por um substantivo modificado de forma que se torne necessário utilizar uma preposição); ou mistas (expressões adjetivadas e preposicionadas ao mesmo tempo). Exemplos: - Datiloscopia [substantivo nominal: datil(o) – impressão digital + scopia – exame] - Psicopatologia [substantivo nominal: psic(o) – atividade mental + patologia – doença] - Interesse difuso [expressão adjetivada] - Posse natural [expressão adjetivada] - Filosofia do direito [expressão preposicionada] - Interpretação dos contratos [expressão preposicionada] - Pena restritiva de liberdade [expressão mista] - Transporte de carga perigosa [expressão mista] null Palavras invertidas: usadas apenas para não-descritores, remetendo-as aos descritores autorizados. 18 Diretrizes para construção do tesauro da Rede Virtual de Bibliotecas Exemplo: - Meio ambiente, proteção USE Proteção ambiental 4.1.1 Recomendação especial O termo adjetivado deve, tanto quanto possível, ser evitado, para não prejudicar a recuperação da informação. A Gerência da RVBI alterou procedimento sobre o uso dos adjetivos pátrios na indexação, orientando o uso do nome geográfico em seu lugar. Seguindo o mesmo critério, durante o estudo e estruturação da área de Direito do Consumidor, no ano de 2005, o Grupo de Estudo optou pelos termos: “Produto com defeito” e “Serviço com defeito”, ao invés de “produto defeituoso” e “serviço defeituoso”, para não dificultar a recuperação desses conceitos. 4.2 Normalização gramatical Os termos que integram o tesauro são representados, sempre que possível, por substantivos. Utilizar o Dicionário Houaiss da Língua Portuguesa como fonte de consulta para a normalização e padronização dos descritores selecionados para o tesauro. 4.2.1 Substantivos próprios Os substantivos próprios, como os nomes geográficos, não constam do corpo principal do tesauro, formam listas auxiliares e são utilizados como descritores ou combinados a estes, como especificadores. 4.2.2 Gênero Como norma geral, preferir a forma masculina. Contudo, em determinados casos, é necessário o uso da forma feminina, quando não existir o masculino, ou o uso das duas formas, quando os significados forem diferentes. Exemplos: - Acusado [autorizado somente na forma masculina] - Candidato político [autorizado somente na forma masculina] - Direita e Direito [autorizadas as duas formas, porque os significados são diferentes] - Menor abandonado [autorizado somente na forma masculina] 19 Diretrizes para construção do tesauro da Rede Virtual de Bibliotecas 4.2.3 Número Como norma geral, sempre que for possível, preferir a forma singular à plural. Contudo, em determinados casos, é necessário optar pela forma plural, para dar maior sentido aos termos e evitar ambigüidades. Duas situações diferentes podem ocorrer: 1ª) As formas singular e plural possuem o mesmo significado. null Substantivos quantificáveis: considerar as palavras que respondem às perguntas: quantos? (termos usados no plural) e quanto? (termos usados no singular). Exemplos: - Bens [quantos? – termo no plural] - Racismo [quanto? – termo no singular] null Substantivos que fazem referência a um todo e suas partes: as que se encontram em número diferente dentro do todo, empregar no singular ou no plural, conforme esse número. Exemplos: - Bancos [termo no plural] - Corpo humano [termo no singular] - Cérebro [termo no singular] - Olhos [termo no plural] - Sistema bancário [termo no singular] null Substantivos usados em sentido geral, como um conjunto de elementos: usar no plural. Exemplos: - Ações [termo no plural] - Dados pessoais [termo no plural] - Direitos e garantias individuais [termo no plural] - Direitos humanos [termo no plural] - Fontes do direito [termo no plural] - Políticas públicas [termo no plural] 20 Diretrizes para construção do tesauro da Rede Virtual de Bibliotecas null Substantivos que fazem referência a um conceito abstrato: usar no singular. Exemplos: - Autoridade [termo no singular] - Governo [termo no singular] null Substantivos que fazem referência aos fenômenos naturais, às propriedades, às atividades, às disciplinas/ciências e às crenças/doutrinas: usar no singular. Exemplos: - Direito [disciplina/ciência - termo no singular] - Governabilidade [propriedade - termo no singular] - Participação política [atividade - termo no singular] - Socialismo [doutrina/crença - termo no singular] - Terremoto [fenômeno natural - termo no singular] 2ª) As formas singular e plural possuem significados diferentes. null Usar as duas formas e, se for necessário, acrescentar notas explicativas ou suas definições no campo específico, conforme o caso. Exemplos: - Teatro NE Para casa de espetáculos usar o descritor teatros (no plural). - Teatros NE Para a arte de representar usar o descritor teatro (no singular). 4.2.4 Maiúsculas e minúsculas Usar letra inicial maiúscula na primeira palavra dos termos integrantes do tesauro. No caso de termos constituídos por mais de uma palavra, as regras de uso de maiúsculas e minúsculas da língua portuguesa são seguidas para as demais palavras. Exemplos: - Falsidade ideológica - Maioridade - Teoria do Estado 21 Diretrizes para construção do tesauro da Rede Virtual de Bibliotecas Os qualificadores de assuntos também seguem as regras de uso de maiúsculas e minúsculas da língua portuguesa. Exemplos: - Coação (direito civil) - Garantia (direito civil) Utilizar o Vocabulário Ortográfico da Língua Portuguesa como fonte de consulta para a normalização e padronização do uso de maiúsculas e minúsculas nos descritores selecionados para o tesauro. 4.2.5 Abreviaturas e siglas Como princípio geral, não usar siglas nem abreviaturas como descritores, porque muitas são homógrafas. Preferir, então, a forma por extenso, escrita de acordo com as regras de uso de maiúsculas e minúsculas da língua portuguesa e seguida da sigla entre parênteses. Exemplos: - Área de proteção ambiental (APA) - Arquitetura de rede de sistemas (SNA) - Meio de controle de acesso a recursos (RACF) - Objeto voador não identificado (OVNI) NÃO USE OVNI - Organização não governamental (ONG) NÃO USE ONG - Sistema ininterrupto de energia (UPS) NÃO USE UPS - Vôos de turismo doméstico (VTD) Porém, quando na área do conhecimento analisada, as abreviaturas e as siglas são mais amplamente utilizadas e mais prontamente reconhecidas do que o termo por extenso, optar por elas como descritores do tesauro. Exemplos: - CD NÃO USE Compact disc - Cláusula FOB NÃO USE Free on board NÃO USE Exportação FOB - CPM NÃO USE Critical path method 22 Diretrizes para construção do tesauro da Rede Virtual de Bibliotecas - DVD NÃO USE Digital versatile disc NÃO USE Videodisco digital - ISBN NÃO USE International Standard Book Number NÃO USE Número internacional normalizado do livro Nos dois casos, elaborar remissivas (NÃO USE) da forma não preferida para a preferida. Utilizar o livro Dicas da Dad como fonte de consulta para a normalização e padronização do uso de siglas no tesauro. 4.2.6 Hífen A utilização do hífen nos descritores obedece às regras da língua portuguesa. Exemplos: - Anti-semitismo - Auto-escola - Bem-estar - Boa-fé - Castanha-do-pará - Cata-vento - Infra-estrutura de turismo - Pan-americanismo - Pára-raios - Pré-história - Sub-rogação - Vice-prefeito Usar o hífen para ligar datas (qualificadores). Exemplos: - Batalha de Plosti (1943-1944) - Domínio holandês no Brasil (1624-1654) - Guerra Mundial (1914-1918) 23 Diretrizes para construção do tesauro da Rede Virtual de Bibliotecas Utilizar a Moderna Gramática Portuguesa, de Evanildo Bechara e a Nova Gramática do Português Contemporâneo, de Celso Cunha como fontes de consulta para a normalização e padronização do uso do hífen no tesauro. 4.2.7 Parênteses Utilizar parênteses nos qualificadores para diferenciar ou especificar descritores. Exemplos: - Árbitro (direito) - Garrafadas (1831) - Indexação (economia) - Memória (psicologia) - Narrativa (retórica) - Petição (processo civil) / Petição (processo penal) / Petição (processo trabalhista) - Sexo (direito) / Sexo (direito penal) / Sexo (medicina legal) / Sexo (psicologia) / Sexo (sociologia) 4.2.8 Elementos numéricos Os números são componentes dos chamados dados factuais e são formados por cifras que indicam datas, quantidades ou números de ordem. null Considerar os números ordinais (primeiro, segundo etc.) como descritores, embora sejam adjetivos. Exemplos: - Primeiro ministro - Segunda República (1930-1937) null Utilizar os algarismos romanos quando forem partes integrantes dos descritores e no caso de especificação de séculos. Exemplo: - Maioridade de Pedro II (1840) null Utilizar, por extenso, os números cardinais quando as quantidades são tomadas como descritores. Exemplo: - Guerra dos Seis Dias 24 Diretrizes para construção do tesauro da Rede Virtual de Bibliotecas null Escrever as datas com algarismos arábicos. Exemplo: - Sabinada (1837-1838) 4.3 Controle terminológico Como não pode haver dúvidas quanto aos conceitos expressos pelos descritores do tesauro, alguns fenômenos da linguagem natural devem ser controlados. Utilizar o Dicionário Houaiss da Língua Portuguesa e o Vocabulário Ortográfico da Língua Portuguesa como fontes de consulta para decisão e padronização na escolha dos descritores do tesauro. 4.3.1 Grafia Adotar a forma mais aceita. Todas as formas de grafias variantes, amplamente adotadas na literatura especializada da área analisada, devem figurar no tesauro. Elaborar remissiva (USE) do não-descritor para o descritor e vice-versa. Exemplos: - Cota social NÃO USE Quota social - Quociente eleitoral NÃO USE Cociente eleitoral 4.3.2 Empréstimo lingüístico (termos estrangeiros) Os termos estrangeiros são descritores quando seu correspondente em língua portuguesa não existir, ou, quando for mais usual na literatura da área coberta pelo tesauro do que o termo em língua portuguesa. Se o termo estrangeiro e sua tradução coexistirem, preferir como descritor a forma que tiver maior grau de incorporação na linguagem especializada. Em todos os casos em que um conceito puder ser expresso por uma palavra emprestada ou por um equivalente traduzido, elaborar remissivas (USE) do não descritor para o descritor e vice-versa (NÃO USE). Exemplos: - Common law 25 Diretrizes para construção do tesauro da Rede Virtual de Bibliotecas - Grupo de pressão NÃO USE Lobby - Habeas corpus - Hardware - Ioga NÃO USE Yoga - Leasing NÃO USE Arrendamento mercantil - Leiaute NÃO USE Layout - Marketing NÃO USE Mercadologia - Restituição in integrum NÃO USE Restituição por inteiro - Software 4.3.3 Gírias ou jargões Selecionar uma gíria ou jargão como descritor, quando esta for a forma mais utilizada na literatura especializada da área coberta pelo tesauro. Elaborar remissivas (NÃO USE) da forma não preferida para a preferida. Exemplos: - Bóia fria [ao invés de Trabalhador rural temporário] - Crime do colarinho branco [ao invés de Crime contra o sistema financeiro] Quando uma gíria ou jargão surgir como alternativa para um descritor já existente e bem estabelecido, elaborar uma remissiva (NÃO USE) para a gíria ou jargão. 4.3.4 Nomes comuns X nomes comerciais Como norma geral, preferir o nome comum como descritor. Porém, no caso de produtos que são conhecidos por sua marca, usar o nome comercial como descritor. Elaborar remissivas (NÃO USE) do nome comum para o nome comercial ou vice-versa. 26 Diretrizes para construção do tesauro da Rede Virtual de Bibliotecas Exemplo: - Reprografia NÃO USE Xerox 4.3.5 Nomes populares X nomes científicos Como princípio geral, preferir o nome popular, mas se o nome científico for a forma que tem maior ocorrência na literatura especializada da área coberta pelo tesauro, selecionar o nome científico como descritor. Elaborar remissivas (NÃO USE) da forma não preferida para a preferida e vice-versa. Exemplo: - Crustáceo NÃO USE Copépoda 4.3.6 Homonímia (polissemia) Fenômeno encontrado na linguagem natural onde duas ou mais palavras, inteiramente distintas pela significação ou função, têm a mesma escrita (homógrafos) ou a mesma fonética (homófonos). Exemplo de homógrafos: vale [acidente geográfico] vale [documento escrito para garantir adiantamento, empréstimo etc.] Exemplo de homófonos: cessão [de bens] seção [de referência] sessão [de cinema] A ambigüidade provocada pelos homógrafos e homófonos é tratada, no tesauro, por meio dos qualificadores, da adjetivação ou substantivação dos termos, das notas explicativas e das relações estabelecidas entre os conceitos (TG, TE e TR). Exemplos: - Crime de guerra / Crime de tortura / Crime de imprensa [substantivação do termo] - Regime jurídico / Regime penitenciário / Regime político [adjetivação do termo] - Vale / Vale (direito) [qualificador] 27 Diretrizes para construção do tesauro da Rede Virtual de Bibliotecas 4.3.7 Sinonímia (quase-sinonímia) Quando dois ou mais termos têm o mesmo significado (sinônimos) em determinada disciplina, selecionar somente um deles como descritor do tesauro. Elaborar remissivas (NÃO USE) para os demais termos. Exemplo: - Penitenciária NÃO USE Cadeia NÃO USE Estabelecimento penitenciário NÃO USE Presídio No caso de quase-sinônimos, tratar os termos como sinônimos ou, se houver necessidade, considerar mais de um termo como descritor. Exemplos: - Ombudsman NE Usar quando se tratar do ouvidor de organizações privadas. - Ouvidor NE Usar quando se tratar do ouvidor de organizações públicas. 4.3.8 Antonímia Os antônimos são termos com significados opostos e podem ser palavras diferentes ou palavras que têm prefixos de significação contrária. No tesauro, um antônimo só é selecionado como descritor quando seu significado não é simplesmente a negação do conceito oposto, mas agrega outras informações sobre o assunto. Exemplos: - Constitucionalidade das leis / Inconstitucionalidade das leis - Elegibilidade / Inelegibilidade - Probidade administrativa / Improbidade administrativa 4.4 Relações entre conceitos e termos A análise dos termos e, por conseguinte, dos conceitos, constitui a base para se estabelecer as relações nos tesauros. Não existe conceito isolado: ele está sempre relacionado com pelo menos um outro conceito. A relação entre termos se dá no plano da língua e pode ser: 28 Diretrizes para construção do tesauro da Rede Virtual de Bibliotecas null Relação de equivalência: sinonímia (USE/NÃO USE) null Relação de denominação: metáfora ou termos sincategoremáticos 2 (Termo associado - TR) A relação entre conceitos pode ser: null Lógica: relações hierárquicas (Termo Geral - TG / Termo Específico - TE) null Ontológica: relações partitivas e associativas (Termo relacionado / associado - TR) Alguns tesauros e manuais adotam a representação TA (termo associado), mas no tesauro da RVBI foi adotada a notação TR. 4.4.1 Relação de equivalência (USE / NÃO USE) É a relação entre o descritor autorizado e o não autorizado. A reciprocidade é expressa por meio das seguintes convenções: null USE - escrito como prefixo do termo preferido null NÃO USE - escrito como prefixo do termo não-preferido Exemplos: - Adoção NÃO USE Adoção de crianças - Adoção de crianças USE Adoção - Mandato eletivo NÃO USE Mandato parlamentar - Mandato parlamentar USE Mandato eletivo 2 Termos sincategoremáticos: fenômeno da língua portuguesa que ocorre quando o adjetivo é que indica a classe a que o conceito pertence, e não o substantivo. Os termos sincategoremáticos são aqueles cuja significação plena só passa a existir quando empregados junto a outras palavras. Não pertencem, por si sós, a determinada classe: o conjunto é que constitui sua própria categoria. Por exemplo, rosa é uma espécie de flor, mas rosa de papel não o é. Outros exemplos: couro sintético, peixe fóssil, flor artificial. (GOMES, 2004; DIRETRIZES, 1993). 29 Diretrizes para construção do tesauro da Rede Virtual de Bibliotecas 4.4.1.1 Recomendação especial O uso de remissivas atinge, normalmente, dois tipos de termos: os sinônimos e os quase-sinônimos, mas pode, também, indicar uma preferência ortográfica ou explicar uma abreviatura/sigla. Deve-se evitar o uso de remissivas para remeter um termo específico ao termo mais genérico. Nestes casos pode ser incluída uma nota explicativa ou definição, para orientar sua utilização ou esclarecer a abrangência do termo no tesauro, respectivamente. Exemplo: - Sanção administrativa (direito do consumidor) DEF. Tipo de sanção administrativa aplicada às infrações das normas de proteção e defesa do consumidor. Entre as sanções constam: apreensão do produto; inutilização do produto; cassação do registro do produto; proibição de fabricação do produto; suspensão de fornecimento de produtos ou serviço; suspensão temporária de atividade; revogação de concessão ou permissão de uso; cassação de licença do estabelecimento ou de atividade; interdição, total ou parcial, de estabelecimento, de obra ou de atividade; imposição de contra- propaganda. 4.4.2 Relação de denominação (TR) Este tipo de relação ocorre no plano da língua e se dá entre termos cuja denominação guarda analogia entre si, pertencendo eles, no entanto, a classes diferentes. Ocorre com as metáforas, quando os termos são utilizados em sentido figurado, e com os termos sincategoremáticos, quando o adjetivo (determinante) é que indica a classe a que o termo pertence e não o substantivo (determinado). No tesauro esta relação é representada por TR. Exemplos: - Bandeira [metáfora] TR Pátria - Arma de brinquedo [termo sincategoremático] TG Brinquedo TR Arma de fogo 30 Diretrizes para construção do tesauro da Rede Virtual de Bibliotecas 4.4.3 Relação hierárquica (TG/TE) É uma relação lógica que reúne conceitos que têm características comuns entre si. São de dois tipos: subordinação e coordenação. null Relação hierárquica de subordinação (TG/TE): Série vertical de conceitos. Ocorre quando o conjunto de características do conceito subordinado (TE) inclui o conjunto de características do conceito superordenado (TG) e, pelo menos, mais uma característica especificadora. Para auxiliar a identificação do TE, ele sempre será um “tipo” do TG. Exemplos: - Censo TE Censo demográfico [Censo demográfico é um tipo de censo? Sim. Então ele é TE de Censo] - Direito civil TG Direito TE Direito de família [Direito de família é um tipo/ramo do Direito civil? Sim. Então ele é TE de Direito civil] - Direitos e garantias individuais TG Direitos humanos TE Direito à informação [Direito à informação é um tipo de Direitos e garantias individuais? Sim. Então ele é TE de Direitos e garantias individuais] 4.4.4 Relações partitiva e associativa (TR) São relações ontológicas que permitem a análise das características e funções de um objeto. São de dois tipos: null Relação partitiva – é a relação do todo com a parte. null Relação associativa – se dá por proximidade no tempo, como, por exemplo, um objeto que dá origem a outro, ou um processo que desencadeia outro processo, e por proximidade no espaço, como, por exemplo, os móveis de um escritório. Abaixo seguem alguns princípios básicos para auxiliar o estabelecimento desses tipos de relações entre os conceitos: 31 Diretrizes para construção do tesauro da Rede Virtual de Bibliotecas null Componente / objeto integral Exemplos: - Álgebra / Matemática - Biblioteca / Centro de documentação - Unidade central de processamento / Computador null Membro / coleção Exemplos: - Árvore / Floresta - Jurado / Júri - Navio / Frota - Planeta / Sistema solar null Produto / material Exemplos: - Chocolate / Cacau - Óleo vegetal / Planta oleaginosa - Produto têxtil / Fibra têxtil null Atividade / fase da atividade Exemplos: - Inquérito policial / Acareação - Processo administrativo / Recurso administrativo - Processo legislativo / Votação nominal null Lugar / área Exemplos: - Bairro / Cidade - Ionosfera / Espaço cósmico null Processo / agente Exemplos: - Contrato de convivência / Convivente - Inspeção do trabalho / Fiscal do trabalho 32 Diretrizes para construção do tesauro da Rede Virtual de Bibliotecas null Operação / instrumento Exemplo: - Eleição / Voto null Ação / resultado da ação Exemplos: - Ação possessória / Reintegração de posse - Denúncia vazia / Despejo - Distribuição de renda / Desenvolvimento econômico null Causa / efeito Exemplos: - Desnutrição / Anemia - Invalidez / Aposentadoria por invalidez - Resíduo industrial / Poluição industrial null Conceitos opostos Exemplos: - Nutrição / Desnutrição - Probidade administrativa / Improbidade administrativa null Área do conhecimento / objeto de estudo Exemplos: - Criminologia / Criminalidade - Psicanálise / Neurose 4.5 Nota explicativa (NE) É uma explanação sucinta utilizada para orientar sobre o uso do termo na sintaxe de indexação, como, por exemplo, associações com outros descritores. Não deve ser confundida com definição de dicionário (ver item 4.6). 33 Diretrizes para construção do tesauro da Rede Virtual de Bibliotecas Exemplos: - Crise de energia elétrica NE Para interrupção do fornecimento de energia elétrica (conhecida como blecaute, blackout ou apagão), usar a sintaxe: Energia elétrica, interrupção. NE Para outros casos específicos, usar o descritor "Energia elétrica" associado com especificadores: abastecimento, consumo, racionamento etc. - Transferência de tecnologia NE Usar, também, seguido de especificadores geográficos, indicativos das unidades geográficas que exercem a ação e que recebem ou sofrem a ação, respectivamente, quando necessário. Ex.: Transferência de tecnologia, França, Brasil. 4.6 Definição (DEF.) Campo específico, na estrutura do tesauro, utilizado para registrar a definição do termo, com o objetivo de delimitar a abrangência do seu conceito. Não é necessário incluir definição em todos os termos do tesauro, pois em alguns casos suas estruturas hierárquicas e relações semânticas são suficientes para estabelecer seu contexto. Exemplo: - Mercado comum DEF. Estágio avançado de integração econômica, garan- tindo-se a livre circulação de pessoas, bens, serviços e capitais, ao contrário da fase de união aduaneira, onde o intercâmbio restringe-se à circulação de bens (Comissão Parlamentar Conjunta do Mercosul). 5 ESTRUTURA DA BASE DE DADOS Os termos do tesauro serão controlados por um software gerenciador específico, que deverá conter campos para cada tipo de relacionamento, como também para outros tipos de informações complementares ou auxiliares ao gerenciamento do tesauro. A estrutura da base de dados do tesauro deverá ser compatível com o formato utilizado pelo software da base bibliográfica. Os termos do tesauro devem ser consultados no momento da catalogação do documento bibliográfico, ou seja, no momento do preenchimento do campo 34 Diretrizes para construção do tesauro da Rede Virtual de Bibliotecas de assunto do registro bibliográfico consulta-se a relação dos termos do tesauro, com inclusão automática naquele campo. Os campos previstos da base de dados do tesauro são: CAMPO TIPO 3 CONTEÚDO DO CAMPO CDD R Código de classificação do assunto na tabela Classificação Decimal de Dewey e, para a área do Direito, na Classificação Decimal de Direito (de Dóris Carvalho). Termo NR Termo autorizado NÃO USE R Relação de equivalência / remissivas do termo autorizado (item 4.4.1) TG R Relação hierárquica : termo genérico (item 4.4.3) TE R Relação hierárquica : termo específico (item 4.4.3) TR R Relações de denominação, partitiva e associativa : termo associado (itens 4.4.2 e 4.4.4) NE R Nota explicativa (item 4.5) DEF. NR Definição do conceito (item 4.6) Ocorrências NR Ocorrências do termo na base bibliográfica Equivalência R Termo encontrado em outros tesauros / nome (abreviatura) do tesauro BAS R Código de classificação de áreas do conhecimento (utilizado para agrupar áreas do tesauro) 6 APRESENTAÇÃO DO TESAURO 6.1 Tesauro alfabético estruturado Nesta forma de apresentação todos os descritores e não descritores são organizados numa única seqüência alfabética. Informações auxiliares, como notas explicativas (NE) e relações de equivalência (USE/NÃO USE), são listadas sob cada descritor, na seguinte ordem: null Termo null Nota explicativa (NE) null Termo equivalente (USE/NÃO USE) null Termo genérico (TG) null Termo específico (TE) null Termo relacionado/associado (TR) null Definição (DEF) 3 Indica se o campo pode ser duplicado (R= repetitivo -- NR= não repetitivo) 35 Diretrizes para construção do tesauro da Rede Virtual de Bibliotecas Exemplos 4 : Adoção NÃO USE Adoção de crianças NÃO USE Adoção de menores TG Parentesco TE Adoção plena TE Adoção simples TE Legitimação adotiva TR Filho adotivo TR Guarda de menor Adoção de crianças USE Adoção Adoção de menores USE Adoção Adoção plena NÃO USE Plena adoção TG Adoção TR Adoção simples TR Legitimação adotiva Adoção restrita USE Adoção simples Adoção simples NÃO USE Adoção restrita TG Adoção TR Adoção plena Direito comparado NE Usar, também, subordinado a determinados assuntos. Ex.: Direito penal, direito comparado; Processo civil, direito comparado; Casamento civil, direito comparado. NÃO USE Legislação comparada TG Direito DEF. Ciência auxiliar do Direito, que tem o objetivo de comparar (cotejar, confrontar, aproximar) as instituições reguladas pelas legislações de vários países, para conhecer suas respectivas semelhanças, diferenças e relações. Plena adoção USE Adoção plena 4 As cadeias dos exemplos não estão completas. 36 Diretrizes para construção do tesauro da Rede Virtual de Bibliotecas 6.2 Listas auxiliares Compostas por termos que, pelas suas características específicas, não precisam seguir rigorosamente as regras de estruturas hierárquicas de tesauros. Sua utilização é permitida como descritor ou associados a outros descritores. Como regra geral, fica definido que as relações entre os termos das listas auxiliares são apenas de equivalência cruzada - USE e NÃO USE, não existindo relações hierárquicas ou associativas. No entanto, excepcionalmente, uma determinada lista auxiliar poderá conter relações hierárquicas, para facilitar a identificação do descritor, como por exemplo, a lista auxiliar de nomes geográficos. Além disso, sempre que for necessário, acrescentar notas explicativas (NE) para orientar seu uso, e definições (DEF.) para delimitar seu conceito. Existem três formas para elaboração das listas auxiliares: null Indicação de fonte(s) de consulta. Exemplo: o Catálogo de Controle de Autoridades – Assunto geográfico da Biblioteca Nacional, disponível em: http://catalogos.bn.br. null Padronização da forma de apresentação do descritor. Exemplo: todos os povos são descritos no masculino plural. null Listagem de todos os descritores permitidos. Exemplo: os especificadores. Novas listas auxiliares poderão ser elaboradas, sempre que houver necessidade. 6.2.1 Lista auxiliar de nomes geográficos Listagem alfabética onde é aplicado um critério de exceção, pois os nomes geográficos poderão conter uma relação partitiva (todo/parte), representado pela abreviatura TR. Elaborada a partir dos nomes geográficos constantes do Vocabulário Controlado Básico – VCB, esta lista, que está em permanente atualização, apresenta os descritores escritos na forma padronizada nas seguintes fontes, nesta ordem de preferência: 37 Diretrizes para construção do tesauro da Rede Virtual de Bibliotecas 1) Catálogo de Controle de Autoridades – Assunto geográfico, da Biblioteca Nacional (http://catalogos.bn.br): A forma dos nomes geográficos na Biblioteca Nacional é baseada na utilizada pela Library of Congress, e a entrada tem uma forma indireta de nomes, que seria a tradução da língua inglesa. Na RVBI as entradas de nomes geográficos respeitarão as características da língua portuguesa. Exemplos: - Ilha de Marajó (PA) [ao invés de Marajó, Ilha de (PA)] - Lago Paranoá (DF) [ao invés de Paranoá, Lago (DF)] 2) IBGE – para estados e municípios brasileiros (www.ibge.gov.br) 3) Enciclopédia A Grande Barsa CD. Exemplos: - África do Sul - Cidade do Cabo (África do Sul) - Espírito Santo (estado) - Espírito Santo (RN) - Oceano Atlântico - Pequim (China) - Ponte Presidente Costa e Silva (Niterói e Rio de Janeiro, RJ) - Rio de Janeiro (estado) - Rio de Janeiro (RJ) 6.2.2 Lista auxiliar de profissões e cargos Listagem alfabética elaborada, inicialmente, a partir das profissões e dos cargos constantes do Vocabulário Controlado Básico – VCB. Os termos desta lista, em permanente atualização, devem ser apresentados no masculino singular. As fontes para padronização dos nomes das profissões e cargos são, preferencialmente: - CLASSIFICAÇÃO brasileira de ocupações: CBO. Brasília: Ministério do Trabalho e Emprego. Disponível em: . Acesso em: 28 nov. 2006. 38 Diretrizes para construção do tesauro da Rede Virtual de Bibliotecas - Legislação específica com tabelas de cargos dos poderes executivo, judiciário e legislativo do governo federal etc. - Outros tesauros (ANEXO 4) da área, como: - ILO Thesaurus = THESAURUS BIT. - ILOTERM. Nos casos dos substantivos comuns de dois gêneros e sobrecomuns, o gênero pertinente é o que deve ser escolhido. Exemplos: - Artista [utilizado para homens e mulheres: a/o artista - substantivo comum de dois gêneros] - Bancário [optar pela forma: masculino singular] - Caixa de supermercado [utilizado para homens e mulheres: o caixa. A forma feminina, para designar profissão, não existe - substantivo sobrecomum] - Deputado federal [optar pela forma: masculino singular] - Desembargador [optar pela forma: masculino singular] - Funcionário público [optar pela forma: masculino singular] - Gerente de loja [utilizado para homens e mulheres: a/o gerente - substantivo comum de dois gêneros] - Magistrado [optar pela forma: masculino singular] - Médico [optar pela forma: masculino singular] - Ministro de tribunal [optar pela forma: masculino singular] - Procurador da fazenda nacional [optar pela forma: masculino singular] - Senador [optar pela forma: masculino singular] - Telefonista [utilizado para homens e mulheres: a/o telefonista - substantivo comum de dois gêneros] 6.2.3 Lista auxiliar de doenças Listagem alfabética elaborada, inicialmente, a partir das doenças constantes do Vocabulário Controlado Básico – VCB. Esta lista, de atualização constante, apresenta os descritores no singular, aplicando-se as regras para uso de siglas, quando necessário (item 4.2.5). 39 Diretrizes para construção do tesauro da Rede Virtual de Bibliotecas As fontes para padronização dos nomes das doenças são, preferencialmente: - DeCS: descritores em ciências da saúde. São Paulo: Bireme, 2006. Disponível em: . Acesso em: 27 fev. 2007. Baseado no MEDICAL subject heading: MeSH. Bethesda (MD): U. S. National Library of Medicine, 2006. Disponível em: . Acesso em: 27 fev. 2007. - Outros tesauros da área Exemplos: - AIDS - HPV - Sarampo - Varíola 6.2.4 Lista auxiliar de povos Listagem alfabética elaborada a partir dos povos constantes do Vocabulário Controlado Básico – VCB. Esta lista, que está em permanente atualização, apresenta os descritores no masculino plural. Exemplos: - Alemães - Astecas - Brasileiros - Hebreus - Norte-americanos 6.2.5 Lista auxiliar de idiomas Listagem alfabética elaborada a partir dos idiomas constantes no Vocabulário Controlado Básico – VCB. Esta lista, que está em permanente atualização, apresenta os descritores precedidos da palavra “Língua” ou “Línguas”. 40 Diretrizes para construção do tesauro da Rede Virtual de Bibliotecas Exemplos: - Língua alemã - Língua aramaica - Língua hebraica - Língua inglesa - Língua portuguesa - Línguas africanas - Línguas germânicas - Línguas indígenas 6.2.6 Lista de especificadores São termos utilizados de forma combinada com descritores, aumentando o nível de especificidade da sintaxe de indexação. Os especificadores de assunto expressam ações, aspectos, atributos, métodos e técnicas. Quando associados aos temas principais dos documentos, particularizam ou especificam o significado dos mesmos. Os especificadores de forma indicam a apresentação do documento, como, por exemplo, “bibliografia”, “catálogo”, “periódico”. Redigir notas explicativas (ver item 4.5) para orientar o uso de especificadores, já que sua ausência poderá levar à utilização equivocada dos mesmos. Exemplos: - projeto de resolução NE Usar subordinado a determinados assuntos. Ex.: Jornalismo, prêmio, projeto de resolução, Brasil. - vencimentos NE Usar para pagamentos efetuados pelos cofres públicos, subordinado a carreiras específicas. Ex.: Advogado da União, vencimentos; Servidor público, vencimentos. NE Para remuneração dos membros do Poder legislativo (federal, estadual e municipal) usar "subsídios". Na versão impressa, o especificador que é também um descritor autorizado no tesauro aparecerá precedido de asterisco com a seguinte nota de rodapé: * Autorizado também como descritor no tesauro. 41 Diretrizes para construção do tesauro da Rede Virtual de Bibliotecas 7 FICHA TERMINOLÓGICA É a planilha com informações do estudo de cada termo e deve ser arquivada eletronicamente 5 . Contém áreas específicas para diferentes tipos de informação (ANEXOS 2 e 3), como por exemplo: 1) Fontes pesquisadas: - Informações quantitativas das ocorrências do termo nas fontes pesquisadas, como: bases da RVBI, bases do SICON e Internet; - bibliografia consultada: referência bibliográfica de artigos, livros, obras de referência e legislação (as referências devem seguir a NBR- 6023). 2) Tesauros / vocabulários: - indicação do resultado da pesquisa a tesauros e/ou vocabulários controlados; - a indicação deve ser feita pela sigla/abreviatura constante da bibliografia de tesauros mantida pela Gerência; - a bibliografia deve ser atualizada sempre que nova fonte for encontrada. 3) Definições: - definições encontradas em dicionários, tesauros etc.; - transcrição de trechos significativos para o estudo. 4) Estruturação do termo: - proposta de estruturação do termo novo; - propostas de alterações de termos relacionados e já existentes no VCB (neste caso, deve ser colocado em duas colunas: a estrutura anterior do VCB e a proposta de alteração). 5) Anexos - estruturas de termos encontrados em outros tesauros e vocabulários; - transcrição de legislação encontrada. A ficha terminológica pode ser usada para registrar o estudo de vários termos, quando sua proximidade e relacionamentos direcionem as pesquisas para as mesmas fontes. 5 A versão impressa também está sendo arquivada, por prazo ainda não definido. 42 Diretrizes para construção do tesauro da Rede Virtual de Bibliotecas 8 BIBLIOGRAFIA ACADEMIA BRASILEIRA DE LETRAS. Vocabulário ortográfico da língua portuguesa. 3. ed. Rio de Janeiro: Academia Brasileira de Letras, 1999. Dis- ponível em: . Acesso em: 09 mar. 2005. BECHARA, Evanildo. Moderna gramática portuguesa. 37. ed. rev. e ampl., 12. reimpr. Rio de Janeiro: Lucerna, 2002. 671 p. BRÄSCHER, Marisa. Curso de elaboração de tesauros. [S.l.: s.n., 19--]. 23 p. CINTRA, Anna Maria Marques et al. Para entender as linguagens documentárias. 2. ed. rev. e atual. São Paulo: Polis, 2002. 92 p. CUNHA, Celso; CINTRA, Luís F. Lindley. Nova gramática do português contemporâneo. 2. ed., 43. impressão. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2000. 724 p. CURRÁS, Emilia. Tesauros: linguagens terminológicas. Brasília: Cnpq, 1995. 286 p. DIRETRIZES para o estabelecimento e desenvolvimento de tesauros mono- língües. 2. ed. Brasília: IBICT: Senai, 1993. 86 p. ELABORAÇÃO do tesauro da Rede Virtual de Bibliotecas - Congresso Nacional – RVBI. Preparado pelo Grupo de Estudo do Tesauro da RVBI. Brasília: Senado Federal, Secretaria de Biblioteca, 2005. 15 p. Disponível em: < http://www.senado.gov.br/sf/biblioteca/rvbi_CBBD%20GRUPO%202.pdf>. Acesso em: 27 fev. 2007. Trabalho apresentado no XXI Congresso Brasileiro de Biblioteconomia, Documentação e Ciência da Informação (CBBD), 17-22 jul. 2005, Curitiba. FEITOSA, Ailton et al. Elaboração de linguagem documentária. Brasília: [s.n.], 2001. 52 p. GOMES, Hagar Espanha. Manual de elaboração de tesauros monolíngües. Brasília: Programa Nacional de Bibliotecas das Instituições de Ensino Superior, 1990. 78 p. GOMES, Hagar Espanha; ALMEIDA, Maria Luiza de. Tesauro e normalização terminológica: o termo como base para intercâmbio de informações. DataGramaZero: Revista de Ciência da Informação, v. 5, n. 6, dez. 2004. Disponível em: . Acesso em: 03 abr. 2006. 43 Diretrizes para construção do tesauro da Rede Virtual de Bibliotecas GOMES, Hagar Espanha; ALMEIDA, Maria Luiza de; MOTTA, Dilza Fonseca da. Elaboração de tesauro documentário: tutorial. Rio de Janeiro?: [s.n.], 2004. Disponível em: . Acesso em: 21 dez. 2004. GRANDE Barsa CD. Versão 4.0. São Paulo: Barsa Planeta Internacional, 2004. 2 CD-ROM. HOUAISS, Antônio. Dicionário Houaiss da língua portuguesa. 1. reimpr. Rio de Janeiro: Objetiva, 2004. lxxxiii, 2922 p. KOBASHI, Nair Yumiko. Metodologia de construção de tesauros. Brasília, 2003. 34 p. Apostila. LODDO, Maria Eliza Nogueira. Vocabulário controlado básico: VCB: regras, convenções, e instruções para sua utilização. Brasília: Senado Federal, Subsecretaria de Biblioteca, 1991. 28 p. PROJETO do tesauro da RVBI. Elaborado pelo Grupo de Estudo do Tesauro da RVBI. Brasília: Senado Federal, Secretaria de Biblioteca, 2004. 12 p. Disponível em: . Acesso em: 27 fev. 2007. SQUARISI, Dad. Dicas da Dad: português com humor. 9. ed. São Paulo: Contexto, 2003. 294 p. il. 44 Diretrizes para construção do tesauro da Rede Virtual de Bibliotecas 9 ANEXOS 9.1 Anexo 1: Mapa das áreas núcleos e periféricas 45 46 Diretrizes para construção do tesauro da Rede Virtual de Bibliotecas 9.2 Anexo 2: Ficha terminológica Grupo de Estudo do Tesauro da RVBI Tesauro RVBI FICHA TERMINOLÓGICA TERMO: ______________________________________________________ ( ) novo ( ) já existente CONCEITO: _______________________________________________ 1 FONTES PESQUISADAS 1.1 BASES DE DADOS E FONTES ELETRÔNICAS 1.1.1 Ocorrências do termo nas bases de dados: • Bibliotecas da RVBI: Campo título: _________ / Campo assunto: ____________ Todos os campos: _________ • SICON: Todos os campos: _________ / Campo __________: ____________ 1.1.2 Fontes eletrônicas: Google: ____________: _________ / _______________: _________ Altavista: ____________: _________ / ______________: _________ 1.2 LITERATURA CONSULTADA (ref. bibliográfica resumida e n.º do sistema) 1.2.1 Artigos/livros/doutrina 1.2.2 Dicionários/enciclopédias/glossários 1.3 LEGISLAÇÃO Integrante do Grupo de Estudo do Tesauro da RVBI: _________________________ Data apresentação: XX/XX/200X Data finalização: XX/XX/200X 47 Diretrizes para construção do tesauro da Rede Virtual de Bibliotecas Grupo de Estudo do Tesauro da RVBI Tesauro RVBI FICHA TERMINOLÓGICA 2 TESAUROS / VOCABULÁRIOS CONTROLADOS 2.1 VCB SIM ____ NÃO ____ null Estrutura no VCB: .... NÃO USE TG TE TR CDD DEF. 2.2 OUTROS TESAUROS 2.2.1 Pesquisa negativa: 2.2.2 Pesquisa positiva (estruturas no Anexo) Termo Tesauro/fonte Termo Tesauro/fonte 3 DEFINIÇÕES 4 JUSTIFICATIVA Integrante do Grupo de Estudo do Tesauro da RVBI: _________________________ Data apresentação: XX/XX/200X Data finalização: XX/XX/200X 48 Diretrizes para construção do tesauro da Rede Virtual de Bibliotecas Grupo de Estudo do Tesauro da RVBI Tesauro RVBI FICHA TERMINOLÓGICA 5 ESTRUTURAÇÃO DO TERMO ¹ TERMO... NÃO USE TG TE TR CDD DEF. 6 ANEXOS (estruturas encontradas em outros tesauros) ¹ Notações: Termo existente no VCB - *; Relação nova no VCB – itálico Integrante do Grupo de Estudo do Tesauro da RVBI: _________________________ Data apresentação: XX/XX/200X Data finalização: XX/XX/200X 49 50 Diretrizes para construção do tesauro da Rede Virtual de Bibliotecas 9.3 Anexo 3: Ficha terminológica preenchida Grupo de Estudo do Tesauro da RVBI Tesauro RVBI FICHA TERMINOLÓGICA TERMO: _EXCLUSÃO DIGITAL_ ( x ) novo ( ) já existente CONCEITO: _Exclusão digital__________________________________ 1 FONTES PESQUISADAS 1.1 BASES DE DADOS E FONTES ELETRÔNICAS 1.1.1 Ocorrências do termo nas bases de dados: “exclusão digital” • Bases de dados da RVBI: Campo título: 5 / Todos os campos: 18 • SICON (todas as bases): Todos os campos: 25 1.1.2 Fontes eletrônicas: Google: (com ADJ, páginas do Brasil): 134.000 1.2 LITERATURA CONSULTADA (ref. bibliográfica resumida e n.º do sistema) 1.2.1 Artigos/livros/doutrina null ARAS, Vladimir. Exclusão digital: o que é isto? Informativo jurídico Consulex, v. 16, n. 40, p. 5, 7 out. 2002. (SYS 634961). null MAPA da exclusão digital Fundação Getúlio Vargas. Disponível em: http://www2.fgv.br/ibre/cps/mapa_exclusao/apresentacao/apresentacao.htm. null SORJ, Bernardo; GUEDES, Luís Eduardo. Exclusão digital: problemas conceituais, evidência empíricas e política públicas. Disponível em: . 1.2.2 Dicionários/enciclopédias/glossários ------ 1.3 LEGISLAÇÃO ------ Integrante do Grupo de Estudo do Tesauro da RVBI: Mirian Innecco / Fátima Jaegger Data apresentação: 14/06/2006 Data finalização: 16/06/2006 51 Diretrizes para construção do tesauro da Rede Virtual de Bibliotecas Grupo de Estudo do Tesauro da RVBI Tesauro RVBI FICHA TERMINOLÓGICA 2 TESAUROS / VOCABULÁRIOS CONTROLADOS 2.1 VCB SIM ____ NÃO __X__ 2.2 OUTROS TESAUROS 2.2.1 Pesquisa negativa: THES; CJF; USP. 2.2.2 Pesquisa positiva (estruturas no Anexo) Termo Tesauro/fonte Termo Tesauro/fonte Inclusão digital BN Digital divide Unesco Digital divide LC Fosso digital Eurovoc (sinônimo) Digital divide UNBIS 3 DEFINIÇÕES • Exclusão digital: os diversos segmentos da sociedade que não têm acesso às tecnologias da informação e comunicação, levando em consideração não apenas o capital físico (a máquina, os softwares), mas também o capital humano (educação e capacitação) e social. (MAPA da exclusão digital). • Exclusão digital: “…se refere às conseqüências sociais, econômicas e culturais da distribuição desigual no acesso a computadores e Internet” (SORJ; GUEDES). 4 JUSTIFICATIVA “Exclusão” e “Inclusão” são temas muito discutidos atualmente, seja por organizações governamentais, privadas, nacionais, estaduais ou internacionais etc. A aprovação do termo “exclusão digital” é necessária e prioritária, como também dos termos “Inclusão digital” e “Inclusão social”, ainda não autorizados. 52 Diretrizes para construção do tesauro da Rede Virtual de Bibliotecas Grupo de Estudo do Tesauro da RVBI Tesauro RVBI FICHA TERMINOLÓGICA 4 ESTRUTURAÇÃO DO TERMO ¹ Exclusão digital NÃO USE TG Exclusão social * TE TR Desigualdade social * Inclusão digital [termo a ser criado] Tecnologia digital * Tecnologia da informação * CDD 361 DEF. 5 ANEXOS (estruturas encontradas em outros tesauros) UNBIS Thesausus – ⇓ DIGITAL DIVIDE 02.04.00 - DEVELOPMENT 06.06.00 - TELECOMMUNICATIONS 16.02.00 - COMPUTER SCIENCE AND TECHNOLOGY Related terms: ACCESS TO INFORMATION CAPACITY BUILDING COMPUTER LITERACY ECONOMIC GAP INFORMATION SOCIETY NEW WORLD INFORMATION AND COMMUNICATION ORDER TECHNOLOGICAL CHANGE TECHNOLOGY TRANSFER BRECHA DIGITAL 02.04.00 - DESARROLLO 06.06.00 - TELECOMUNICACIONES 16.02.00 - INFORMATICA Usado por: DIVISION DIGITAL Términos relacionados: ACCESO A LA INFORMACION CAMBIO TECNOLOGICO DESARROLLO DE CAPACIDAD DISPARIDAD ECONOMICA NUEVO ORDEN MUNDIAL DE LA INFORMACION Y DE LA COMUNICACION SOCIEDAD DE LA INFORMACION TRANSFERENCIA DE TECNOLOGIA ¹ Notações: Termo existente no VCB - *; Relação nova no VCB – itálico 53 Diretrizes para construção do tesauro da Rede Virtual de Bibliotecas Grupo de Estudo do Tesauro da RVBI Tesauro RVBI FICHA TERMINOLÓGICA Unesco Thesaurus – ⇓ Digital divide [55] Terme français: Fossé numérique Término español: Brecha digital SN Disparities in access to, and use of information and communication technologies such as Internet, between as well as within countries. MT 2.10 Science and research management UF Digital gap BT Technological gap [77] <> RT Access to information [567] <> RT Communication and development [566] <> RT Computer networks [869] <> RT Information and development [285] <> RT Information technology [1130] BN e LC - ⇓ BN 150 __ |a Inclusão digital 450 NÃO USE 1_ |a Divide, Digital 450 NÃO USE __ |a Exclusão digital 450 NÃO USE __ |a GDD (Global digital divide) 450 NÃO USE __ |a Global digital divide 550 TG 1_ |w g |a Sociedade da informação 670 1_ |a LCSH 680 __ |a Usado para obras que tratam da supressão do abismo entre aqueles que tem acesso às últimas informações tecnológicas e os que não tem. 750 _0 |a Digital divide LC 150 __ |a Digital divide 450 __ |a Divide, Digital 450 __ |a GDD (Global digital divide) 450 __ |a Global digital divide 550 __ |w g |a Information society 680 __ |i Here are entered works on the perceived gap between those who have access to the latest information technologies and those who do not. 54 Diretrizes para construção do tesauro da Rede Virtual de Bibliotecas Grupo de Estudo do Tesauro da RVBI Tesauro RVBI FICHA TERMINOLÓGICA Eurovoc - ⇓ Fosso digital SN Disparidades entre indivíduos, agregados familiares, empresas e áreas geográficas nos diferentes níveis socioeconómicos em termos de acesso às tecnologias da informação e de utilização da internet para um vasto leque de actividades. MT 3231 informação e tratamento da informação UF afastamento digital barreira digital divisão digital fractura digital BT1 acesso à informação BT2 política de informação RT desigualdade social (2821) 55 56 Diretrizes para construção do tesauro da Rede Virtual de Bibliotecas 9.4 Anexo 4: Fontes para pesquisa de termos As relações a seguir contêm as fontes terminológicas mais utilizadas pelo Grupo nas pesquisas dos termos. • Tesauros / vocabulários controlados ÁREA / ASSUNTO 1. Agricultura THESAGRO: thesaurus agrícola nacional. Brasília: Cenagri, 1999. 242 p. 2. Agricultura urbana TESAURO de agricultura urbana. Centro Internacional de Investigaciones para el Desarrollo del Canadá, Repidisca. Disponível em: . Acesso em: 28 abr. 2005. 3. Alfabetização de adultos CANADIAN literacy thesaurus = THÉSAURUS canadian D’alphabétisation. Sudbury, Ontario: Canadian Literacy Thesaurus Coalition, 1996. Disponível em: . Acesso em: 26 fev. 2007. 4. Ciência da informação ASIST Thesaurus. American Society for Information Science and Technology. Disponível em: . Acesso em: 06 fev. 2007. 5. Ciência da informação TESAURO em ciência da informação. Elaborado por Manoel Palhares Moreira. PUC Minas, Instituto de Informática. Disponível em: . Acesso em: 26 fev. 2007. 6. Ciência da informação / Biblioteconomia NAUMIS PEÑA, Catalina et. al. Tesauro latinoamericano de ciencia bibliotecológica y de la información: [TELACIBIN]. [S.l.]: CUIB, 1999. 7. Ciência da informação / Biblioteconomia / Documentação MOCHÓN BEZARES, Gonzalo; SORLI ROJO, Angela. Tesauro de biblioteconomia y documentación. Madrid: Consejo Superior de Investigaciones Científicas, Centro de Información y Documentación Científica, 2002. 171 p. 8. Ciência e tecnologia NASA thesaurus. NASA Center for AeroSpace Information (CASI), 2007. Disponível em: . Acesso em: 26 fev. 2007. “The scope of this controlled vocabulary includes not only aerospace engineering, but all supporting areas of engineering and physics, the natural space sciences (astronomy, astrophysics, and planetary science), Earth science, and to some extent, the biological sciences”. 9. Ciência política BECK, Carl; MCKECHNIE, Thomas; PETERS, Paul Evan. Political science thesaurus. 2. ed. rev. and expanded. Pittsburgh: 57 Diretrizes para construção do tesauro da Rede Virtual de Bibliotecas University Center for International Studies, 1979. 675 p. 10. Ciências sociais UNESCO Thesaurus. 2003. Disponível em: . Acesso em: 26 fev. 2007. 11. Comércio internacional CENTRO DE COMERCIO INTERNACIONAL UNCTAD GATT. Tesauro de términos de comercio internacional. Ginebra: Centro de Comercio Internacional Unctad Gatt, 1982. 158 p. 12. Comunicação de massa THESAURUS mass communication*: communication de masse. By Jean Viet. Paris: Unesco, 1982. 356 p. 13. Cultura VIET, Jean. Thesaurus internacional do desenvolvimento cultural = International thesaurus of cultural development. Coord. Trad. de Regina Helena Tavares. Rio de Janeiro: Fundação Casa de Rui Barbosa ; Paris: Unesco, 1983. 504 p. 14. Direito BRASIL. Tribunal de Contas da União (TCU). Tesauro do Tribunal de Contas da União. Brasília, 1992. 499 p. 15. Direito GLIN Thesaurus. Washington: Library of Congress, Global Legal International Network. Disponível em: . Acesso em: 26 fev. 2007. 16. Direito LEGISLATIVE indexing vocabulary (LIV). Washington: Library of Congress. Disponível em: . Acesso em: 26 fev. 2007. 17. Direito LLOSA, Enrique Torres; MORALES, Violeta Angulo. Macrotesauro de derecho Jurivox: primera parte. Buenos Aires: Alfagrama, 1999. 18. Direito TESAURO de Derecho. Madrid: Consejo Superior de Investigaciones Científicas (CSIC): Centro de Información y Documentación Científica (CINDOC), 1998. Disponível em: . Acesso em: 26 fev. 2007. 19. Direito TESAURO jurídico da Justiça Federal. Brasília: Conselho da Justiça Federal. Disponível em: . Acesso em: 26 fev. 2007. 20. Direito VOCABULÁRIO jurídico controlado: tesauro. Brasília: Superior Tribunal de Justiça (STJ), Secretaria de Jurisprudência. Disponível em: . Acesso em: 26 fev. 2007. 58 Diretrizes para construção do tesauro da Rede Virtual de Bibliotecas 21. Direito constitucional MACROTHESAURUS brasileiro de direito constitucional. Brasília: Senado Federal, Secretaria de Documentação e Informação; Rio de Janeiro: Fundação Casa de Rui Barbosa, 1987. 189 p. 22. Direito do trabalho ILO Thesaurus = THESAURUS BIT. 5. ed. Geneve: International Labour Organization, 1998. 791 p. Disponível em: . Acesso em: 26 fev. 2007. Obs.: A versão online está atualizada até 11/07/2006. 23. Direito do trabalho ILOTERM. Geneve: International Labour Organization. Disponível em: . Acesso em: 28 fev. 2007. 24. Drogas TERMINOLOGIA multilíngue: drogas. Madrid: Centro de Información y Documentación Científica (CINDOC), 1996. Disponível em: . Acesso em: 26 fev. 2007. 25. Economia TESAURO Isoc de economía. Madrid: Centro de Información y Documentación Científica (CINDOC). Disponível em: . Acesso em: 26 fev. 2007. 26. Economia WORLD Bank thesaurus. 2005. Disponível em: . Acesso em: 26 fev. 2007. 27. Educação THESAURUS brasileiro de educação: Brased. Brasília: INEP. Disponível em: . Acesso em: 26 fev. 2007. 28. Engenharia hidráulica TESAURO de ingeniería hidráulica. Centro de Estudios y Experimentación de Obras Públicas: Sistema Español de Información sobre el Agua (Hispagua). Disponível em: . Acesso em: 01 mar. 2007. 29. Engenharia sanitária Meio ambiente TESAURO de ingeniería sanitaria y ambiental. 16. ed. Lima: Centro Panamericano de Ingeniería Sanitaria y Ciencias del Ambiente, 2003. 208 p. Disponível em: . Acesso em: 21 set. 2004. 30. Esportes HERACLES Thesaurus. Paris: SportDOC, Information Médiathèque de l'INSEP. Disponível em: . Acesso em: 30 jul. 2006. 31. Gênero BRUSCHINI, Cristina; Ardaillon, Danielle; UNBEHAUM, Sandra G. Tesauro para estudos de gênero e sobre mulheres. São Paulo: Fundação Carlos Chagas: Ed. 34, 1998. 302 p. 59 Diretrizes para construção do tesauro da Rede Virtual de Bibliotecas 32. Geografia TESAURO Isoc de topônimos. 3. ed. Madrid: ISOC, 1995. Disponível em: . Acesso em: 26 fev. 2007. 33. Índice de tesauros CENTRO DE INFORMACIÓN Y DOCUMENTACIÓN CIENTÍFICA (CINDOC). Tesauros. Disponível em: . Acesso em: 26 fev. 2007. [OBS.: Inclui acessos a tesauros de várias áreas, alguns citados nesta bibliografia: biblioteconomia e documentação, biologia animal, geologia, acuicultura, drogas, alimentos, máquinas e ferramentas, propriedade industrial, topônimos, economia, urbanismo, direito, história contemporânea da Espanha, ciência e tecnologia (Spines)] 34. Informática / Rede de computador TESAURO de redes de ordenadores. Murcia: Universidad de Murcia, Grupo de Tecnologías de la Información, 2006. Disponível em: . Acesso em: 26 fev. 2007. 35. Língua, Lingüís- tica e Literatura PENÉ, Mónica. Tesauros de generos de ficcion. La Plata: Universidad Nacional de La Plata y Cs. de la Educ. Univ. Nac. de La Plata, 2003. 36. Língua, Lingüís- tica e Literatura ROGGAU, Zunilda. TELL: tesauro de lengua y literatura. Santa Fé: Subsecretaria de Cultura de La Provincia de Santa Fe, 1984. 37. Meio ambiente CENTRO LATINOAMERICANO DE DOCUMENTAÇÃO ECONOMICA E SOCIAL (Clades). Tesauro del medio ambiente para America Latina y el Caribe. Santiago de Chile: Clades, 1981. 159 p. 38. Meio ambiente GEMET thesaurus = GENERAL multilingual environmental thesaurus. European Environment Information and Observation Network (EIONET), 2004. Disponível em: . Acesso em: 26 fev. 2007. 39. Multidisciplinar EUROVOC thesaurus. European Communities. Disponível em: . Acesso em: 26 fev. 2007. 40. Multidisciplinar INSTITUTO DE INFORMACIÓN Y DOCUMENTACION EN CIENCIA Y TECNOLOGIA (ICYT); UNESCO. Tesauro Spines. La Plata: Universidad Nacional de La Plata y Cs. de la Educ. Univ. Nac. de La Plata, 2003. Disponível em: . Acesso em: 26 fev. 2007. 41. Multidisciplinar LIBRARY of Congress subject headings. Washington: Library of Congress Authorities. Disponível em: . Acesso em: 26 fev. 2007. 42. Multidisciplinar OECD macrothesaurus. Paris: Organisation for Economic Co- operation and Development, 1991. Disponível em: 60 Diretrizes para construção do tesauro da Rede Virtual de Bibliotecas . Acesso em: 26 fev. 2007. 43. Multidisciplinar RAMEAU: répertoire d'autorité-matière encyclopédique et alphabétique unifié. Paris: Bibliothèque Nationale de France. Disponível em: . Acesso em: 26 fev. 2007. 44. Multidisciplinar THES: thesaurus do Senado Federal. Brasília: Senado Federal, Subsecretaria de Informações, Serviço de Pesquisa Jurídica, Setor de Manutenção do Thesaurus. Disponível em: . Acesso em: 26 fev. 2007. 45. Multidisciplinar UNBIS Thesaurus. United Nations Bibliographic Information Systems. Disponível em: . Acesso em: 26 fev. 2007. 46. Multidisciplinar VOCABULÁRIO controlado do SIBi-USP. São Paulo: USP, 2006. Disponível em: . Acesso em: 28 fev. 2007. 47. População TESAURO de Popin: tesauro multilingüe sobre población. 3. ed. Paris: Popin: Cicred: FNUAP, 1993. 412 p. Disponível em: . Acesso em: 26 fev. 2007. 48. Propriedade industrial TESAURO propiedad industrial. Madrid: Centro de Información y Documentación Científica. Disponível em: . Acesso em: 26 fev. 2007. 49. Refugiados THE INTERNATIONAL Thesaurus of Refugee Terminology (ITRT). ACNUR, 2003. Disponível em: . Acesso em: 26 fev. 2007. 50. Saúde DeCS: descritores em ciências da saúde. São Paulo: Bireme, 2006. Disponível em: . Acesso em: 26 fev. 2007. Desenvolvido a partir do MeSH - Medical Subject Headings da U.S. National Library of Medicine. 51. Saúde MEDICAL subject heading: MeSH. Bethesda (MD): U. S. National Library of Medicine, 2006. Disponível em: . Acesso em: 26 fev. 2007. 52. Saúde TESAURO do Ministério da Saúde: versão preliminar. [S.l.]: Ministério da Saúde, 2006. Disponível em: . Acesso em: 26 fev. 2007. 61 Diretrizes para construção do tesauro da Rede Virtual de Bibliotecas 53. Saúde TESAURO sobre reforma del sector salud. versión preliminar. Washington: LAC Regional Health Sector Reform Initiative, 1999. Disponível em: . Acesso em: 26 fev. 2007. 54. Transportes MACROTESAURO de transporte. Brasília: Ministério dos Transportes, 1984. 2 v. 55. Urbanismo TESAURO de urbanismo. Madrid: Centro de Información y Documentación Científica. Disponível em: . Acesso em: 26 fev. 2007. • Vocabulários / glossários ÍNDICE de dicionários e glossários online em várias áreas do conhecimento DICIONÁRIOS-online.com. Disponível em: . Acesso em: 26 fev. 2007. [Dicionários gerais, enciclopédias, glossários, etc.; Agricultura, pecuária e alimentação; Arte e arquitetura; Ciências naturais e meio ambiente; Ciências sociais, história, filosofia, religião, sociologia etc.; dicionários de construção, engenharia, mecânica, técnicos; direito, política e legislação; Economia, comércio, e finanças; Eletrônica, informática, telecomunicações e transporte; Geografia, cartografia e estatística; Indústria, energia, mineração; Matemática e metrologia; Medicina e saúde; Outros sites de dicionários em português, espanhol, francês, inglês e italiano; Imprensa, noticias e informação meteorológica]. 1. Contabilidade GLOSSÁRIO de termos contábeis. Curitiba: Portal de Contabilidade. Disponível em: . Acesso em: 22 ago. 2006. 2. Direito tributário GLOSSÁRIO de termos tributários. Curitiba: Portal Tributário Ed. Disponível em: . Acesso em: 26 fev. 2007. 3. Direitos humanos (direito internacional) CONDÉ, H. Victor. A handbook of international human rights terminology. Lincoln: University of Nebraska Press, 1999. 200 p. (Human rights in international perspective; v. 4). 4. Economia GLOSSÁRIO economia e finanças. Porto (Portugal): Instituto de Apoio às Pequenas e Médias Empresas e ao Investimento–IAPMEI. Disponível em: . Acesso em: 26 fev. 2007. 62 Diretrizes para construção do tesauro da Rede Virtual de Bibliotecas 5. Economia IMF terminology: a multilingual directory. Washington: IMF, 2000. Disponível em: . Acesso em: 26 fev. 2007. 6. Economia TESOURO Nacional: glossário. Brasília: Ministério da Fazenda, Tesouro Nacional. Disponível em: . Acesso em: 26 fev. 2007. 7. Economia, comércio, desenvolvimento TERMINOLOGIA general de economia, comercio y desarrollo: glosario inglés-espanol: con indice espanol = ECONOMICS, trade & development: english-spanish general terminology: with a spanish index. Nueva York: Naciones Unidas, 1995. 488 p. 8. Meio ambiente GLOSSÁRIO. Fórum Brasileiro de Mudanças Climáticas.. Disponível em: . Acesso em: 26 fev. 2007. 9. Meteorologia GLOSSÁRIO meteorológico. Disponível em: . Acesso em: 26 fev. 2007. 10. Metrologia VOCABULÁRIO internacional de termos de metrologia legal. 4. ed. Rio de Janeiro: Inmetro, 2005. 20 p. 11. Metrologia VOCABULÁRIO internacional de termos fundamentais e gerais de metrologia. 4. ed. Rio de Janeiro: Inmetro, 2005. 69 p. 12. Poder legislativo GLOSSÁRIO de termos legislativos. Brasília: Interlegis, 2006. Disponível em: < http://www.interlegis.gov.br/processo_legislativo/20040503 172831/>. Acesso em: 26 fev. 2007. 13. Poder legislativo / Orçamento GLOSSÁRIO de termos legislativos e orçamentários. Brasília: Câmara dos Deputados. Disponível em: . Acesso em: 26 fev. 2007. 14. Saúde GLOSSÁRIO de terminologia. OPAS, “A saúde pública nas Américas”, 2001. Disponível em: . Acesso em: 26 fev. 2007. 15. Seguro DICIONÁRIO de seguros. IRB. Disponível em: . Acesso em: 26 fev. 2007. 16. Seguro GLOSSÁRIO de seguro. Disponível em: . Acesso em: 26 fev. 2007. 17. Seguro saúde GLOSSÁRIO de seguro saúde. Disponível em: . Acesso em: 26 fev. 2007. 18. Telecomunicações GLOSSÁRIO brasileiro de direito das telecomunicações. Brasília: Grupo de Estudos de Direito das Telecomunicações da UnB: Anatel, 2006. 82 p. Disponível em: < http://www.anatel.gov.br/Tools/frame.asp?link=/biblioteca/p ublicacao/cbdt/glos.pdf>. Acesso em: 26 fev. 2007. 19. União Européia EUROPA Glossário. Comissão Européia. Disponível em: . Acesso em: 26 fev. 2007. 64 Diretrizes para construção do tesauro da Rede Virtual de Bibliotecas 9.5 Anexo 5: Projeto do tesauro SENADO FEDERAL BIBLIOTECA ACADÊMICO LUIZ VIANA FILHO SERVIÇO DE GERÊNCIA DA RVBI / GRUPO DE ESTUDO DO VCB PROJETO TESAURO RVBI Integrantes do Grupo: Ana Paula de Araújo (AGU) Andréa F. Brandes (TCDF) Ceres Maria Veras de Sandes (SF) Doraeliza Gorovitz (PGR) Elaine Ricevich de Oliveira (SF) Laura Ferreira da Cunha (STJ) Lisane de Meira Lima Gesteira (SF) Livia S. Gomes da Silva (SF) Luciana Araújo Reis (STF) Luciana Humig (STM) Marcela Caldas V. de Carvalho(SF) Margareth Menicucci (SF) Maria do Carmo Luduvice (CAM) Maria José Gomes (PGR) Marisa Perrone C. Rocha (CLDF) Mirian Gassenferth Veloso Innecco (Prodasen) Stelina Maria Pinha (SF) Brasília 2004 65 Diretrizes para construção do tesauro da Rede Virtual de Bibliotecas SUMÁRIO 1. APRESENTAÇÃO ........................................................................ 2. JUSTIFICATIVA ........................................................................... 3. OBJETIVO ................................................................................ 4. METODOLOGIA ........................................................................ 4.1. Abrangência temática ......................................................... 4.2. Identificação das Fontes de Termos ......................................... 4.3. Ficha terminológica ............................................................. 4.4. Terminologia para o estudo dos descritores ............................... 4.4.1. Categorias .................................................................... 4.4.2. Conceitos ..................................................................... 4.4.3. Termos ......................................................................... 4.5. Questões Gramaticais: léxico e semântica ............................... 4.5.1. Gênero / Número .......................................................... 4.5.2. Termos simples / termos compostos .................................... 4.5.3. Termos invertidos ............................................................ 4.5.4. Termos pré-coordenados ................................................. 4.5.5. Abreviaturas e sinais ........................................................ 4.5.6. Termos usuais ................................................................. 4.5.7. Termos estrangeiros ......................................................... 4.5.8. Nomes geográficos .......................................................... 4.5.9. Nomes próprios ............................................................... 4.5.10. Termos homógrafos ....................................................... 4.5.11. Polissemia, homonímia, sinonímia ..................................... 4.6 Organização das Relações ................................................... 4.6.1. Relação hierárquica (TG/TE) ............................................ 4.6.2. Relação de equivalência (USE/UP) ................................... 4.6.3. Relação associativa (TR) ................................................. 4.7. Nota Explicativa ................................................................. 5. Apresentação do tesauro ......................................................... 5.1. Tesauro alfabético estruturado .............................................. 5.2. Tesauro sistemático ............................................................. 5.3. Índice permutado KWOC ..................................................... 5.4. Listas auxiliares ................................................................... 5.4.1. Especificadores ............................................................. 6. Manuais e Treinamento ............................................................ 7. Funcionalidades ...................................................................... 8. Gerenciamento ...................................................................... 9. Ferramentas ........................................................................... 10. Cronograma ......................................................................... 66 Diretrizes para construção do tesauro da Rede Virtual de Bibliotecas PROJETO TESAURO RVBI 1. APRESENTAÇÃO O Vocabulário Controlado Básico – VCB é uma relação de descritores desenvolvida, no período de 1980 a 1984, por bibliotecárias do Senado Federal juntamente com técnicos do Prodasen. É considerado fonte básica de linguagem documental. Sua utilização visa manter a uniformidade na indexação de livros, publicações seriadas, artigos de periódicos e de jornais e na recuperação das informações relativas a esses documentos. Possui descritores de todos os campos do conhecimento científico com maior ênfase na área do Direito. Foi adotado, à época, pela Rede SABI – Subsistema de Administração de Bibliotecas, gerenciada pela Biblioteca do Senado Federal e composta por bibliotecas do Poder Legislativo, Executivo e Judiciário, na esfera federal e do Distrito Federal. Em 2000 passou a denominar-se Rede Virtual de Bibliotecas Congresso Nacional – RVBI. Em 2001, durante reunião da Gerência da RVBI com representantes das Bibliotecas cooperantes, foi proposta a revisão do VCB. No ano seguinte, formou-se um grupo composto por bibliotecárias da Advocacia Geral da União, Câmara dos Deputados, Câmara Legislativa do Distrito Federal, Procuradoria Geral da República, Prodasen, Senado Federal, Superior Tribunal de Justiça, Superior Tribunal Militar, Supremo Tribunal Federal, Tribunal de Contas do Distrito Federal e Tribunal Superior do Trabalho que deu início à atualização do VCB. Primeiramente foram levantadas as ocorrências de cada descritor do VCB nas bases de dados bibliográficos. Em seguida, os descritores foram classificados segundo a Classificação Decimal de Dewey – CDD e a Classificação Decimal de Direito – 21ª edição, de Dóris de Queiroz Carvalho com o objetivo de reuni-los por grandes áreas do conhecimento. Após a análise e estudo de cada descritor, será construído um tesauro multidisciplinar monolíngüe para a RVBI, a partir do VCB. Para a realização deste trabalho estão sendo estudadas as ferramentas disponíveis para gerenciamento automático dos termos revistos. Após a participação dos bibliotecários do grupo de estudo do VCB no curso “Metodologia de construção de tesauro”, ministrado pela professora da USP Nair Kobashi em agosto/2003, sentiu-se a necessidade de elaborar um projeto de trabalho que norteasse todo o processo de construção do tesauro, bem como a institucionalização do grupo de trabalho. 67 Diretrizes para construção do tesauro da Rede Virtual de Bibliotecas 2. JUSTIFICATIVA Em diagnóstico realizado em setembro 1991 pela bibliotecária do Senado Federal Maria Eliza Nogueira Loddo foram identificadas as seguintes deficiências e limitações do VCB: descritores sem estrutura hierárquica; relação hierárquica confundindo-se com a relação associativa; indefinição de categorias e do tipo de notação para a hierarquização completa do vocabulário; falta de conexão das bases de dados com o vocabulário, limitando e dificultando as possibilidades de busca pelo usuário. À época, 4.619 (quatro mil seiscentos e dezenove) descritores aguardavam estudo e sistematização. Passados 13 anos verificou-se que as principais deficiências do vocabulário não foram sanadas, não obstante a inclusão de novos descritores. A tarefa de sistematização de um vocabulário exige dos especialistas e profissionais de informação dedicação e disponibilidade de tempo para pesquisa nos diferentes ramos do conhecimento. Isto foi constatado na experiência das bibliotecárias da Universidade de São Paulo na elaboração do Vocabulário Controlado – USP. Desta forma, é importante o envolvimento de todas as bibliotecas participantes da RVBI para prover o vocabulário de terminologia com relevância e pertinência alinhadas às necessidades terminológicas específicas de cada biblioteca. O grupo de trabalho, ora proposto, destina-se a atualizar e sistematizar o VCB, adequando-o às mais modernas normas e técnicas recomendadas para construção de tesauros. 3. OBJETIVO Construir um tesauro multidisciplinar monolíngüe para a RVBI, a partir do VCB. 4. METODOLOGIA 4.1. Abrangência Temática Serão identificadas as áreas do conhecimento, a fim de categorizá-las em áreas núcleo e periféricas segundo as competências institucionais, objetivos, atribuições e múltiplas atividades desenvolvidas pelos órgãos integrantes da RVBI. Esta identificação será a base para o estudo dos descritores que comporão o tesauro. 4.2. Identificação das Fontes de Termos O VCB será o ponto de partida, consultando-se também a base de Sugestões (SEN12), tesauros/vocabulários existentes, dicionários/enciclopédias especializados, glossários, índices, manuais, cabeçalhos de assuntos, sistemas de classificação (CDD/CDU), bibliografia básica levantada pelas bibliotecárias do grupo de estudo de elaboração do tesauro e especialistas das áreas. 68 Diretrizes para construção do tesauro da Rede Virtual de Bibliotecas 4.3. Ficha terminológica Para o preenchimento das informações referentes a cada conceito estudado. Tesauro da RVBI FICHA TERMINOLÓGICA Descritor Novo Descritor Existente ____________________________________________________________________ Descritor: ____________________________________________________________________ NE UP TG TE TR Fontes Bibliográficas do Termo e da Definição: ____________________________________________________________________ Categoria: ____________________________________________________________________ Crítica e modificação: Ocorrência na base: Data criação do descritor: Bibliotecário: Data Sugestão do descritor: Instituição: __________________________________________________________________________ Parecer do comitê gestor: Descritor Aprovado Descritor Não Aprovado Justificativa: Bibliotecário: Instituição: Data: 69 Diretrizes para construção do tesauro da Rede Virtual de Bibliotecas 4.4. Terminologia para o estudo dos descritores Os tesauros organizam áreas do conhecimento, agrupando os conceitos em categorias e definindo os relacionamentos que ocorrem entre eles. Portanto, para que possamos elaborar um tesauro, é necessário compreender o que são categorias, conceitos e termos (Marisa Bräscher . Curso de elaboração de tesauros). 4.4.1. Categorias Nos termos deste projeto o tesauro em estudo será organizado por áreas do conhecimento agrupando-se os conceitos em categorias e definindo-se os relacionamentos que ocorrem entre eles. Categorias são conceitos. A categorização de uma área de assunto permite visualizá-la como um todo inter-relacionado, isto é, como um sistema. Os conceitos serão agrupados a partir das categorias abaixo: Objeto Princípios Finalidade Modo ou Métodos Processos Fenômenos Produtos Instrumentos Agentes Tempo Lugar Tais categorias não figurarão, necessariamente, em todas as áreas do conhecimento para as quais será elaborado o tesauro. Esse elenco serve apenas como guia seguro. Cada uma dessas categorias pode se subdividir em novas categorias. Além disso, podem aparecer algumas categorias que não foram previamente definidas, mas, no entanto, ao estudá-las, mostraram-se essenciais para o entendimento do universo conceitual daquela área de conhecimento. 4.4.2. Conceitos Conceitos são unidades do conhecimento, identificadas através de enunciados verdadeiros sobre um item de referência e representadas por uma forma verbal. (Marisa Bräscher . Curso de elaboração de tesauros). É por meio da análise das características dos conceitos que se estabelecem as relações entre eles e que se pode, também, agrupá-los em categorias. (Marisa Bräscher. Curso de elaboração de tesauros). A identificação dos conceitos, no entanto, será feita com base na literatura, isto é, deve ter garantia literária. Reflete, por isso mesmo, as peculiaridades e os interesses das entidades participantes da RVBI. 70 Diretrizes para construção do tesauro da Rede Virtual de Bibliotecas 4.4.3. Termos Signo lingüístico que representa um conceito numa determinada área do conhecimento. Podem ser compostos de uma ou mais unidades lexicais (termos compostos ou termos simples). Correspondem à forma externa do conceito, não são o próprio conceito. Na elaboração de tesauros o objeto de trabalho é o conceito e não o termo. Os conceitos incluídos no tesauro são representados por termos que, segundo sua função na estrutura do tesauro, podem ser: • Descritor: representa o conceito e será o termo autorizado para a indexação e recuperação de determinado assunto. • Não-descritor: ou termo equivalente. Não será o termo autorizado para a indexação e recuperação de determinado assunto. • Qualificador: termo utilizado para diferenciar homógrafos. É incluído após o descritor, entre parênteses. (Marisa Bräscher. Curso de elaboração de tesauros). 4.5. Questões Gramaticais: léxico e semântica 4.5.1. Gênero / Número Como norma geral, sempre que for possível, deve-se preferir a forma singular masculino. Contudo, em determinados casos, torna-se necessário a escolha pela forma plural ou feminina, para dar maior sentido aos termos e evitar ambigüidades. 4.5.2. Termos simples / termos compostos Os termos que comporão o tesauro serão simples ou compostos. Como o seu nome indica, os termos simples são formados por uma só palavra, que poderá ser um substantivo, um adjetivo substantivado ou um verbo substantivado. Os termos compostos são formados por mais de uma palavra e poderão ser substantivos nominais, substantivos adjetivados, frases preposicionadas, expressões adverbiais ou frases mistas. 4.5.3. Termos invertidos Usados apenas para os termos não-autorizados, remetendo-os ao descritor autorizado. 4.5.4. Termos pré-coordenados Serão usados segundo a necessidade de conceituar determinado descritor, para evitar ambigüidades ou conforme o exigido pelo uso do tesauro. Deverão sempre aparecer em sua ordem natural. 71 Diretrizes para construção do tesauro da Rede Virtual de Bibliotecas 4.5.5. Abreviaturas e sinais Serão usados apenas em casos especiais, sempre entre parênteses. 4.5.5.1. Hífen Utilizado apenas quando fizer parte integrante do termo e para ligar datas. 4.5.5.2. Parênteses Serão utilizados para especificar ou modificar o descritor, quando estes forem homógrafos ou subordinados a descritores diversos. 4.5.5.3. Elementos numéricos Serão sempre expressos em algarismos romanos e por extenso quando fizerem parte integrante do descritor. 4.5.5.4. Datas Serão expressas entre parênteses para especificar melhor o descritor e incluí-lo cronologicamente na história. 4.5.6. Termos usuais Dar-se-á preferência, ao termo usual em lugar do termo científico. 4.5.7. Termos estrangeiros Serão usados quando não existir o correspondente em língua portuguesa ou quando for mais usual do que o termo em língua portuguesa, 4.5.8. Nomes geográficos Serão retirados do corpo principal do VCB e incorporados a listas auxiliares que serão criadas, podendo também, ser utilizados como identificadores, ou seja, em combinação com outros descritores, formando a pré-coordenação. 4.5.9. Nomes próprios Pessoas, entidades e marcas registradas não serão incluídos no tesauro, pois existe o AUTR (Autorias Padronizadas). 72 Diretrizes para construção do tesauro da Rede Virtual de Bibliotecas 4.5.10. Termos homógrafos Se um descritor possuir diferentes grafias aceitas, uma será escolhida, proibindo-se as demais por meio de relações de equivalência. O instrumento utilizado para essa escolha será o Vocabulário Ortográfico da ABL. 4.5.11. Polissemia, homonímia, sinonímia Fenômeno encontrado na linguagem natural. Será permitido o uso de um termo e os demais serão proibidos por meio das relações de equivalência. O instrumento utilizado para essa escolha será o Dicionário Houaiss da língua portuguesa. 4.6. Organização das Relações Todas as relações serão recíprocas. 4.6.1. Relação hierárquica (TG / TE) Liga descritores de uma mesma categoria considerada como relação vertical. Indica subordinação entre os termos A referência TE orientará o usuário sobre a possibilidade de utilizar termos mais específicos, assim como a indicação de TG irá sugerir uma abrangência mais ampla do que aquele descritor consultado. Será permitido o uso de até 2 níveis de TG, quando o descritor estiver incluído em mais de uma categoria. 4.6.2 Relação de equivalência (USE / UP) Descritor autorizado e descritor não-autorizado, em que dois ou mais termos serão usados como referência indicando sinônimos e quase- sinônimos. 4.6.3. Relação associativa (TR) Relacionará horizontalmente termos de categorias diferentes, não estabelecendo relações hierárquicas entre eles. 4.7. Nota Explicativa Consistirá em uma explanação sucinta para esclarecer sobre a propriedade de uso do termo dentro do conceito do tesauro, excluindo outros significados possíveis. Será usada, também, para informar sobre combinações possíveis do descritor. A NE não será uma definição de dicionário, servirá apenas para induzir o uso e aplicação de um termo. Não será necessário anexar NE a todos os termos porque os descritores, por meio de sua estrutura hierárquica e relações semânticas, estabelecerão o contexto do significado de um termo em particular. 73 Diretrizes para construção do tesauro da Rede Virtual de Bibliotecas 5. APRESENTAÇÃO DO TESAURO 5.1. Tesauro alfabético estruturado Será apresentada a relação dos descritores em ordem alfabética com as remissivas: sinônimos, homônimos, homógrafos, polissemia, equivalência hierárquica e associativa e notas explicativas. 5.2. Tesauro sistemático Será apresentada a relação das classes e subclasses que compõem o tesauro, a fim de permitir explorar rapidamente as categorias e subcategorias integradas e visualizar a estrutura hierárquica do tesauro. 5.3. Índice permutado KWOC O índice permutado KWOC completa o vocabulário alfabético, dando acesso aos descritores compostos pelo segundo, terceiro e demais termos. No vocabulário alfabético, o termo aparece sob o primeiro destes elementos, enquanto que neste índice, se encontra sob todos eles, incluindo o primeiro (Maria Eliza Loddo. Vocabulário Controlado Básico – VCB). 5.4. Listas auxiliares Serão criadas ou utilizadas listas auxiliares com descritores que não constarão do corpo do tesauro e cuja utilização será definida em notas de uso para aqueles descritores que delas necessitarem. 5.4.1. Especificadores Termos de uso freqüente e de significado geral, que expressam ações ou atributos e que são utilizados de forma combinada com descritores, esclarecendo ou delimitando o significado dos mesmos. (Marisa Bräscher. Curso de elaboração de tesauro) Os especificadores serão listados separadamente, em ordem alfabética, palavra por palavra, e a forma de apresentação será a mesma para os descritores do tesauro. As relações entre os especificadores serão apenas de equivalência cruzada USE e sua receptora UP (usado por). Para facilitar sua utilização, serão registrados NE (nota) orientando o usuário. Quando um especificador for também um descritor autorizado no tesauro, será precedido de asterisco com a seguinte nota de rodapé: * Autorizado também como descritor no tesauro. Alguns especificadores estarão incorporados ao tesauro em combinação adjetiva, formando um descritor. Neste caso, o indexador deverá ter o cuidado de não usar o especificador. 74 Diretrizes para construção do tesauro da Rede Virtual de Bibliotecas 6. MANUAIS E TREINAMENTO Será elaborado um manual para orientar o gerenciamento do tesauro, definindo regras sobre sua manutenção e atualização. Também estão previstos manuais de utilização do tesauro, que serão aplicados no treinamento dos usuários deste instrumento, na indexação de documentos e na recuperação de informações. Este treinamento ficará a cargo do grupo de trabalho de elaboração do tesauro. 7. FUNCIONALIDADES O tesauro será utilizado na indexação de documentos (processamento técnico) e na recuperação de informações (serviços de referência). 8. GERENCIAMENTO A manutenção e atualização do tesauro serão coordenadas pela Gerência da RVBI, que irá apreciar as solicitações e sugestões das bibliotecas participantes da rede quanto a ajustes e inclusões de novos termos, bem como analisar as áreas que necessitarem complementação e atualização. O gerenciamento do tesauro pressupõe também o oferecimento de cursos e treinamentos para as bibliotecas da rede. 9. FERRAMENTAS A ferramenta para o gerenciamento automático, a ser definida, deverá permitir a geração automática das relações entre os descritores. 10. CRONOGRAMA O presente cronograma é tentativo, tendo em vista que algumas etapas serão efetuadas concomitantemente e outras demandarão, na prática, outros prazos. Deverá ser avaliado após a conclusão de cada etapa. 75 Diretrizes para construção do tesauro da Rede Virtual de Bibliotecas Ano: 2004 ETAPAS Maio Jun. Jul. Ago. Set. Out. Nov. Dez. Definição da metodologia de trabalho Coleta e seleção de termos ___ ____ Estudo e padronização dos termos _____ _____ _____ _____ _____ _____ Definição da ferramenta e procedi- mentos ____ ____ Definição de padrões e procedi- mentos Alimentação do software Avaliação e controle (teste) Elaboração dos manuais Apresentação do tesauro Treinamento dos usuários Implantação do tesauro Padronização dos documentos já inseridos nas bases bibliográficas da RVBI 76