Título: Ataques deixam 24 vítimas
Autor:
Fonte: Jornal do Brasil, 18/11/2004, Internacional, p. A9

Imprensa britânica atribui morte de refém à ofensiva contra Faluja

Um dia após o anúncio da execução - ainda não confirmada - da refém britânica Margareth Hassan, diretora da organização humanitária Care no Iraque, confrontos entre rebeldes e soldados americanos e a explosão de um carro-bomba deixaram ao menos 24 mortos.

Ontem, muitas vozes se ergueram para denunciar o ''crime bárbaro'' de Hassan que, se confirmado, transformará a refém britânica na primeira mulher estrangeira executada no Iraque.

- Este ato é criminoso e terrorista, inadmissível por qualquer árabe ou muçulmano, quaisquer que sejam os pretextos - criticou Hossam Zaki, porta-voz da Liga Árabe.

A imprensa britânica, por sua vez, culpou a ofensiva contra Faluja, impulsionada pelos Estados Unidos e por policiais iraquianos e que ontem completou 10 dias, pela morte da ocidental.

Seu marido, o iraquiano Tahsin Ali Hassan, que havia pedido aos captores que lhe devolvessem a mulher ''viva ou morta'', estava de luto ontem e se recusava a deixar a casa, localizada em um bairro modesto de Bagdá.

Em Beiji, 250 km ao Norte da capital, um suicida jogou o veículo com explosivos contra um tanque do Exército americano, no centro da cidade, matando 15 pessoas. A explosão danificou o veículo e feriu os soldados, que abriram fogo. É em Beiji que se encontra uma das principais refinarias de petróleo do país.

As outras mortes ocorreram em Ramadi, onde combates violentos entre soldados americanos e insurgentes deixaram nove vítimas.