Título: Brasil é 39º em qualidade de vida
Autor:
Fonte: Jornal do Brasil, 18/11/2004, Internacional, p. A8

Irlanda aparece em primeiro-lugar e Chile é o mais bem colocado entre os latino-americanos. Estudo inclui 111 países.

O Brasil aparece em 39º lugar em um ranking de 111 países sobre qualidade de vida que será publicado hoje pela revista britânica The Economist. O ranking é liderado pela Irlanda, que é seguida imediatamente por outros dois europeus, a Suíça e a Noruega. Os Estados Unidos estão em 13º lugar enquanto o Canadá está em 14º. Entre os países latino-americanos, o mais bem colocado é o Chile, que se encontra na 31ª posição e é seguido pelo México, na 32ª.

O Brasil também está atrás da Costa Rica (35º lugar), mas ficou uma posição à frente da Argentina (40º). O Uruguai está em 46º; o Panamá, em 47º; o Equador, em 52º; o Peru, em 53º; a Colômbia, em 54º; El Salvador, em 56º, e a Venezuela, em 59º. Todos esses países superam a China que, apesar dos avanços econômicos dos últimos anos, aparece em 60º lugar.

Bem mais abaixo ficaram o Paraguai (74º), a Nicarágua (76º), a República Dominicana (79º), a Bolívia (82º), a Guatemala (91º), Honduras (96º) e o Haiti (110º), o mais pobre das Américas. O país caribenho só conseguiu superar o Zimbábue - onde atualmente 25% da população adulta está infectada com o vírus da Aids, segundo dados da Organização Mundial da Saúde. O país africano é o último da lista.

Surpreendentemente, a Rússia está nos últimos lugares do ranking, ocupando a 105ª posição, à frente de Uzbequistão, Tadjiquistão, Tanzânia e Nigéria.

De acordo com a revista The Economist, para elaborar o índice foram utilizados fatores que vão da renda per capita à saúde da população, passando pela liberdade, o desemprego, a vida em família, o clima, a estabilidade política, a segurança e a igualdade entre os sexos.

A Irlanda ocupa o primeiro lugar com uma pontuação de 8,33 de um total 10 porque, segundo a revista, combina alguns dos fatores mais desejáveis, como baixo índice de desemprego, fruto da estabilização e do crescimento econômico recente, e liberdade política, com ênfase na vida familiar e comunitária.

Por outro lado, o Reino Unido está bem abaixo, em 29º lugar - apenas 10 posições a menos que o Brasil -, pois seu alto nível de renda é acompanhado por fatores negativos, como a dissolução da vida familiar e social.

Luxemburgo é o quarto país mais bem colocado da lista, à frente de Suécia, Austrália, Islândia e Itália, Dinamarca e Espanha.

O Japão está em 17º lugar, superando países europeus como Portugal (19º), Áustria (20º), Grécia (22º), Bélgica (24º), França (25º) e Alemanha (26º).

Em outra pesquisa conduzida pelo semanário britânico, em 2002, a cidade de Zurique, na Suíça, figurava em primeiro lugar no ranking dos melhores lugares do mundo para se viver.