Correio braziliense, n. 20940, 22/09/2020. Cidades, p. 16

 

63% aprovam conduta de Ibaneis

Ana Maria Campos 

22/09/2020

 

 

Ibaneis Rocha (MDB) foi o primeiro governador a adotar medidas restritivas para reduzir a propagação do novo coronavírus. Quando a pandemia teve início no DF, medidas como suspensão de aulas presenciais, teletrabalho e fechamento do comércio, de clubes esportivos e de igrejas despertaram controvérsia.

Desde o início, no entanto, a maioria da população do Distrito Federal aprovou as decisões para mitigar os efeitos da maior crise sanitária de Brasília e uma das mais impactantes do país. É o que aponta pesquisa do Instituto Exata OP, realizada entre 12 e 14 de setembro, com 1.010 entrevistas digitais.

O levantamento indica que 62,8% da população aprovam as atitudes tomadas até agora. Desses, 11,8% acreditam que Ibaneis está totalmente certo e 51% consideram que o governador do DF está parcialmente no rumo correto.

Para 21,8%, ele está totalmente errado e 14,6% acham que a conduta está um pouco equivocada. A margem de erro da pesquisa é de 3 pontos percentuais, com intervalo de confiança de 95%.

Na série histórica, o momento de maior aprovação das medidas contra a pandemia foi em maio, segundo apontou a pesquisa do Instituto Exata OP. Na ocasião, a avaliação positiva chegou a 82%.

No início de julho, quando o número de mortes e contaminações subiu muito, houve a fase mais crítica, quando a avaliação negativa chegou a 49% e a positiva, 51%. Mesmo assim, a maioria estava a favor.

A pesquisa também mostrou a expectativa do brasiliense diante do futuro. A maioria acredita em melhoras. Para 20,9% dos entrevistados, a situação vai melhorar logo e 42,6% apostam num avanço em algum tempo. O pessimismo atinge 6,1% das pessoas que acreditam em piora do quadro de pandemia.

Segundo informativo de ontem da Secretaria de Saúde, há 184.555 infectados — sendo 172.996, o equivalente a 93,7%, recuperados — e 3097 mortos. A pesquisa mostrou que 64,7% avaliam que as medidas de segurança não estão sendo seguidas pela população.

Entre os próprios entrevistados, 43,6% admitem que seguem parcialmente as regras de segurança determinadas pelo governo em suas rotinas. Mas 54,7% afirmam que respeitam totalmente medidas como uso de máscara, distanciamento social, uso de álcool gel e higienização das mãos.