Título: Alimentos pressionam e IPC-S sobe 0,17%
Autor: Cristina Borges Guimarães
Fonte: Gazeta Mercantil, 22/10/2004, Nacional, p. A-4

O Índice de Preços ao Consumidor Semanal (IPC-S), calculado pelo Instituto Brasileiro de Economia (Ibre) da Fundação Getulio Vargas (FGV) com base nos preços coletados entre os dias 16 de setembro a 15 de outubro, subiu 0,17%, uma aceleração de 0,05 ponto percentual (p.p.) na comparação com os coletados entre 16 de agosto a 15 de setembro de 2004. A alta foi puxada pelos grupos alimentação e transportes, que juntos acrescentaram 0,08 p.p. ao IPC-S. O aumento só não foi maior graças às reduções nas taxas de variação de habitação e vestuário.

Enquanto a deflação dos alimentos passou de uma queda de 0,76% para ¿0,59% e o grupo transportes reverteu o declínio de 0,16%, passando a registrar inflação de 0,09%, habitação subiu 0,57%, frente a alta anterior de 0,64%. O grupo vestuário também recuou da alta de 1,35% para 1,03%. Saúde e cuidados pessoais registrou elevação de 0,54% e despesas diversas subiu 0,30%. Educação, leitura e recreação permaneceu estável, com aumento de 0,27%.

Dos 21 itens componentes do subgrupo gêneros alimentícios, 17 apresentaram acelerações em suas taxas. Entre eles arroz e feijão, de ¿1,58% para ¿0,84% e pescados frescos, de ¿2,63% para ¿1,73%. Apesar da taxa da habitação ter apresentado desaceleração de 0,07 p.p., este grupo continua a exercer a maior influência positiva para a formação da taxa do IPC-S. Os principais pontos de pressão continuam partindo de preços administrados, como tarifa de telefonia fixa (1,13%), taxa de água e esgoto (1,45%) e tarifa de eletricidade residencial (0,68%).

Das 12 capitais pesquisadas, seis tiveram aceleração em suas taxas. A capital com a maior taxa foi Goiânia, 0,79%. Já Recife teve a menor, ¿0,54%. Curitiba registrou a maior aceleração, 0,42 p.p. para 0,02%, e Belém a maior desaceleração, 0,50 p.p. para ¿0,53%. No Rio de Janeiro houve alta de 0,29% e em São Paulo aumento de 0,43%.