Título: Aquisições crescem 13% no trimestre, diz a Price
Autor: Patrícia Nakamura
Fonte: Gazeta Mercantil, 05/10/2004, Indústria & Serviços, p. A-11

Entre julho e setembro o Brasil verificou 121 processos de fusões, joint ventures e aquisições (entre as transações que envolveram apenas empresas de capital estrangeiro com operações no Brasil; empresas nacionais e estrangeiras; e entre companhias locais e internacionais), de acordo com a PricewaterhouseCoopers. O número é 48% em relação ao mesmo período do ano passado (82 operações). No acumulado dos últimos 12 meses com final em setembro, foram realizadas 365 operações, 13% a mais em comparação com o período anterior de 12 meses. Entre os nove primeiros meses do ano, foram realizados 275 negócios (contra os 246 observados entre janeiro e setembro de 2003).

"Cerca de 400 operações devem ser realizadas em 2004, patamar acima das operações ocorridas no ano passado, um sinal de que os investimentos estão voltando ao País", afirmou Fábio Niccheri, sócio da PricewaterhouseCoopers. "A estabilidade do dólar, a melhoria do cenário econômico internacional e a volta do consumo interno foram fatores que animaram o setor externo", disse o executivo. Niccheri disse acrditar num "reaquecimento" no número de operações - já em 2005, devem ser observados pelo menos 450 fusões e aquisições, patamares alcançados pela última vez no início da década. "Os setores de bens de consumo (alimentos e bebidas, principalmente) e a infra-estrutura, via Parcerias Público-Privadas (PPPs) devem ter maior destaque no ano que vem", disse o executivo.

As aquisições de controle foram as operações mais frequentes até agora - 148 processos (no mesmo período do ano passado haviam sido 134). De acordo com a consultoria, também aumentou o número de aquisições por empresas estrangeiras - 65, frente as 42 tansações no ano passado.

Entre as principais operações, a consultoria destacou a compra da Agip do Brasil pela Petrobras; a compra de 92% da Cerj pela Endesa; a aquisição do Banco Zogbi e o Banco do Estado do Maranhão (BEM) pelo Bradesco.