Título: Austríacos são fortes em máquinas de reciclagem
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Fonte: Valor Econômico, 02/10/2006, Empresas, p. B7

A fabricação de máquinas para reciclagem de plásticos é outra especialidade austríaca e uma das principais apostas do setor é a transformação de PET em um novo PET. "Esse será o grande mercado de reciclagem nos próximos cinco anos na América Latina", afirma Clemens Zittmayir, diretor responsável pela região na Erema. A transformação de garrafas de bebidas PET em embalagem de detergente, por exemplo, é um dos possíveis usos da nova tecnologia.

Mas há um forte conflito de interesses com fornecedores de matéria-prima e a tecnologia não é aceita na maioria dos países, como no Brasil, onde a Anvisa proíbe esse tipo de procedimento. Entre os que aceitam a transformação estão Croácia, Itália, Estados Unidos, Espanha, Áustria e e Alemanha. A Erema, fabricante austríaca de máquinas de reciclagem, começou a fabricar esse tipo de máquina há cinco anos. Mas ainda representam 5% do negócio. "São muito caras, custam cerca de 1 milhão de euros."

Para Zittmayir, se esse tipo de reciclagem for aprovada no Brasil, haverá um grande mercado. "Rapidamente, venderíamos dez máquinas só para o Brasil", afirma. Atualmente, existem 25 máquinas de reapreoveitamento de PET produzidas pela Erema no mundo.

A Alpla tem uma joint venture com a Femsa no México, chamada IMER para reciclagem de PET em PET. O investimento na operação foi de US$ 20 milhões. "É um negócio novo de muita importância para os produtores de garrafas", afirma Iris Köstinger, diretora da Alpla. "Por enquanto, há somente quatro fábricas no mundo que fazem essa transformação." (DD)