Título: Em evento, estande do banco atrai solidariedade
Autor: Prestes, Cristine
Fonte: Valor Econômico, 18/11/2010, Finanças, p. C8

Do Recife Em meio aos 54 estandes que disputavam a atenção dos gestores dos fundos de pensão ontem, no 31º Congresso Brasileiro dos Fundos de Pensão, no Recife, um deles chamava mais a atenção dos 2.100 participantes do evento: o do banco Panamericano.

Não que ontem fosse a primeira vez que a instituição fizesse parte do evento. Longe disso. O Panamericano patrocina o congresso dos fundos de pensão faz mais de 15 anos.

Mas atraía a atenção dos visitantes o fato de o banco estar em busca de um quinhão do patrimônio bilionário das entidades pouco mais de uma semana depois de ser socorrido com R$ 2,5 bilhões do Fundo Garantidor de Créditos (FGC) por causa da descoberta de um rombo. Porém, como os patrocínios de eventos são fechados com meses de antecedência, ali estava o espaço do banco como nos anos anteriores, só que em meio a um certo clima de constrangimento.

A diferença é que agora quem ia ao estande do Panamericano não estava em busca dos Certificados de Depósito Bancário (CDBs) ou dos Fundos de Investimento em Direitos Creditórios (FIDCs), produtos que o banco agora enfrenta dificuldade em vender mesmo depois do aporte do FGC.

Em vez de informações sobre os produtos, os passantes - conhecidos dos funcionários da instituição - prestavam solidariedade aos funcionários do banco com abraços e muitas perguntas sobre a situação do banco. "Você está bem?", perguntou um gestor de fundo de pensão a uma executiva do banco. "Agora estou. Só não digo que venha o próximo susto porque o Silvio Santos é um só", respondeu ela.

Nos outros 53 estandes, o principal chamariz eram os jogos eletrônicos. A maior fila estava em frente ao banco BVA, que tinha dois carrinhos de Stock Car com um computador que simulava uma corrida de Stock Car.

No Bradesco, o visitante podia fazer de conta que jogava basquete ou brincava de arco e flecha. No Itaú, caçava-se a marca do banco em meio a uma paisagem urbana estampada na tela de um computador.

Mais de 50 pessoas já tinham embarcado na experiência do BVA até o começo da tarde de ontem. "É uma forma de criarmos uma oportunidade de interação com os gestores dos fundos de pensão. Eles brincam e depois conversam com a gente", explicou José Antonio Ferraiuolo, diretor do BVA.

E por que simular uma corrida de carros e não de cavalos, por exemplo? "É que patrocinamos pilotos de Stock Car. O esporte reflete nossa realidade: crescemos com controle. Da mesma forma, na corrida, a velocidade é controlada."

A repórter viajou a convite da Abrapp