Título: Ausência ameaçará prêmio carioca
Autor: Weber, Demétrio
Fonte: O Globo, 19/07/2009, O País, p. 11
Só terá bônus integral o profissional que faltar no máximo dois dias no ano.
BRASÍLIA. Professores e funcionários da rede municipal do Rio que faltarem mais de cinco dias ao serviço, mesmo que em licença médica, não terão direito ao bônus que a prefeitura promete pagar a partir de 2010. A assiduidade será um fator decisivo ao lado do desempenho dos estudantes.
A secretária da Educação, Cláudia Costin, prefere o termo prêmio em vez de bônus. O dinheiro servirá para recompensar quem batalhou para melhorar a aprendizagem. O que inclui estar presente na escola: ¿ O motivo é premiar aqueles que estão carregando o piano.
O prêmio é um diferencial e tem que ser dado a quem, de fato, está exercendo a atividade.
O absenteísmo prejudica.
O sistema adotado pela prefeitura segue o modelo de São Paulo, Pernambuco e Distrito Federal, isto é, foca na escola.
Nos colégios onde os alunos atingirem as metas de elevar sua pontuação em testes oficiais, todos os profissionais ganharão um prêmio anual.
O valor máximo será o equivalente ao de um 14osalário. A exceção ficará por conta de 150 escolas localizadas em áreas mais violentas da cidade.
Nelas, o bônus terá um acréscimo de 50%, numa tentativa de atrair professores.
Ganharão 100% do bônus professores e funcionários que faltarem até dois dias por ano letivo. Quem deixar de trabalhar três ou quatro dias, receberá 80%; cinco faltas só darão direito a metade do benefício.
Cláudia Costin aposta que o incentivo financeiro trará resultados positivos. Ela cita as experiências paulista e mineira: ¿ Posso afirmar categoricamente que melhora, com base nos resultados de São Paulo e Minas Gerais. São poucas as experiências, mas já dá para constatar que aumenta a aprendizagem.
Aqui o programa foi lançado em 2 de julho e ainda não dá para sentir um impacto mensurável.
Mas já dá para perceber climas, mudanças de posturas.
O prêmio de 2010 a ser pago pela prefeitura do Rio vai considerar a variação do Ideb de 2009 e 2007.