Título: IGGNÁCIO É RECONHECIDO POR ATENTADO A TIROS EM BANGU
Autor: Marcos Nunes
Fonte: O Globo, 27/10/2006, Rio, p. 24

Testemunhas complicam a situação do contraventor

A situação do contraventor Fernando de Miranda Iggnácio, acusado de ser um dos chefes da máfia de caça-níqueis, e de seu homem de confiança, o cabo reformado da Marinha Marcos Paulo Moreira da Silva, o Marquinhos Sem Cérebro, ficou ainda mais complicada. Presos desde o dia 13, os dois foram reconhecidos ontem por testemunhas, na Delegacia de Homicídios Oeste (DH-Oeste), como sendo dois dos 14 homens que atacaram a tiros, em Bangu, um bombeiro e dois policiais militares.

Além de Iggnácio e Marquinhos Sem Cérebro, outros homens reconhecidos e acusados de participar do crime foram o soldado PM Aldecir Ladeira e o sargento reformado Rui Reis.

A tentativa de homicídio contra os PMs e o bombeiro aconteceu no dia de 26 de abril deste ano, numa oficina na Rua Silva Cardoso. Estavam dentro da oficina atacada o cabo da PM Jorge Feliz da Silva, o bombeiro André Lustosa e o soldado da PM Edmilson Pinto, que ficou ferido com um tiro na perna.

Segurança reforçada para a acareação

O cabo Jorge Feliz está preso e é acusado de ter ligações com o bando do contraventor Rogério de Andrade. Sobrinho do falecido contraventor Castor de Andrade, Rogério - que também está preso - disputa o controle de máquinas de caça-níqueis na Zona Oeste com Fernando Iggnácio.

A chegada de Iggnacio e Marquinhos Sem Cérebro à DH-Oeste contou com um forte esquema de segurança. Para evitar tentativas de resgate, foram mobilizados no esquema cerca de 50 homens, entre policiais civis, fuzileiros navais e PMs.

Usando um colete à prova de balas, Marquinhos Sem Cérebro chegou à DH-Oeste às 13h35m. Ele deixou a delegacia cerca de uma hora depois, e não encontrou seu chefe, que só chegou à DH-Oeste às 15h10m. Usando um terno, Iggnácio cobriu as algemas com um casaco preto.

(*) Do Extra