Título: Cai para 18% índice de atraso em vôo
Autor: ISABEL SOBRAL, BRUNO LOUSADA E FABIANO RAMPAZZO
Fonte: O Estado de São Paulo, 17/11/2006, Metrópole, p. C5

O porcentual de atrasos dos vôos nos aeroportos do País caiu sensivelmente ontem, segundo a Empresa Brasileira de Infra-Estrutura Aeroportuária (Infraero). Até as 19h30, de 1.358 vôos, 249 (18,3%) foram afetados por atrasos de mais de 15 minutos. Mas no Rio houve atrasos superiores a cinco horas.

Na terça-feira, o comando da Aeronáutica convocou 150 controladores e manteve 70 deles aquartelados por mais de 30 horas. Ainda assim, 35,5% dos vôos tiveram atrasos. O confinamento acabou na quarta-feira, sob a justificativa de que os aeroportos estavam em relativa normalidade. Nos bastidores do governo, a explicação para o recuo foi o mal-estar provocado entre controladores e também na cúpula do Executivo, que temia reflexos políticos negativos.

Ontem foi mais um dia de espera no Aeroporto Internacional Tom Jobim, no Rio. Por conta do maior espaçamento entre aviões adotado pelos controladores, 38 vôos foram cancelados e outros 14 sofreram atrasos de até 5 horas e 30 minutos até o início da noite, segundo o site da Infraero. O motivo dos cancelamentos não foi revelado.

O estudante Thiago Pinheiro, de 25 anos, ficou revoltado com o atraso de duas horas de seu vôo, pela Gol, para São Paulo. Ele queria ver o show de uma banda de punk inglesa, previsto para a noite de ontem. 'Se perder o show, vou processar a companhia aérea', disse o estudante, que gastou cerca de R$ 500,00 entre hospedagem, passagem e ingresso. Nos aeroportos de Congonhas, na capital, e de Cumbica, em Guarulhos, não houve atrasos, de acordo com a Infraero.