Título: Aliados de Alckmin e Lula dividem 2º turno
Autor: Roldão Arruda
Fonte: O Estado de São Paulo, 24/10/2006, Nacional, p. A12

No conjunto dos dez Estados com segundo turno das eleições, há um empate entre os aliados do presidente Luiz Inácio Lula da Silva ( PT), candidato à reeleição, e os do seu desafiante, Geraldo Alckmin (PSDB). De acordo com pesquisas eleitorais os candidatos alinhados com Lula vencem no Rio de Janeiro, Pernambuco, Pará e Rio Grande do Norte. No lado oposto, os aliados de Alckmin (PSDB) estão à frente em Santa Catarina, Paraíba, Rio Grande do Sul e Goiás. Nos outros dois Estados - Paraná e Maranhão - o meio de campo permanece embolado.

As pesquisas também mostram que, enquanto em alguns Estados os eleitores mantiveram a preferência manifestada no primeiro turno, em outros ocorreram mudanças. Na primeira categoria estão Rio e Pernambuco.

O candidato Sérgio Cabral (PMDB-RJ) não só manteve a liderança do primeiro turno como vem aumentando a distância em relação a Denise Frossard (PPS). Foi o mesmo movimento que ocorreu na disputa pernambucana, onde Eduardo Campos (PPS) deixou mais para trás Mendonça Filho (PFL).

O Pará aparece entre os Estados onde os votos mudaram de rumo. A candidata petista, senadora Ana Julia Carepa, que tinha chegado ao final do primeiro turno atrás do tucano Almir Gabriel, agora se mantém à frente nas pesquisas.

A senadora usa na campanha o mesmo tom de Lula, com ênfase no risco de nova onda de privatizações no caso de vitória tucana. Durante debate com Almir Gabriel, transmitido pela TV, ela falou na possível venda da Cosanpa, a estatal responsável pelo abastecimento de água.

O ex-governador negou, mas também destacou que privatizar não é uma decisão ideológica, mas técnica. O objetivo, disse, é 'garantir a gestão eficiente dos órgãos, para servir bem à população.'

O terror da privatização apareceu ainda no Rio Grande do Norte, na campanha de Vilma de Faria, filiada ao PSB, e no Rio Grande do Sul, com o petista Olivio Dutra. Ele também usou o debate na TV para tentar associar a tucana Yeda Crusius ao risco de venda de estatais.

Shopping Estadão